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De boiadeira, Claudia Leitte anima turma do chapéu a bordo de trio na Festa de Barretos: 'A gente nasceu para se misturar'

Claudia Leitte encerrou neste sábado (24) as apresenta??es no “Barret?o Elétrico”,no jogo de bingo, o número é muitas vezes referida como "dois patos pequenos"? novidade nesta edi??o da Festa do Pe?o em Barretos (SP) e que deu à galera do chapéu o clima de micareta. A bordo do trio e vestida de boiadeira, ela fez gra?a até com um berrante para animar o público.

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A cantora encarou a multid?o em meio à fuma?a, fuligem e ventania que acometeram toda a regi?o durante a tarde deste sábado (24). Ela usou um look country preto, com franjas e detalhes dourados, botas de couro e chapéu com pedras douradas.

Em entrevista ao g1, Claudia Leitte celebrou a participa??o em mais uma edi??o do evento.

“Acredito que é uma evolu??o que a gente possa se misturar com uma festa que é t?o tradicional, t?o rica, linda e bem organizada com uma super, megaestrutura. é maravilhoso que a gente possa levar o trio da gente, levar a energia da música baiana para uma festa t?o tradicional”, diz.

1 de 3 Claudinha Leitte se apresentou no Barret?o Elétrico da Festa do Pe?o de Barretos 2024 neste sábado (24) — Foto: érico Andrade/g1

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'A gente nasceu para se misturar'

A baiana levou para a apresenta??o a energia do axé e transformou os pe?es em foli?es no Barret?o. Para n?o perder a raiz, o público pode curtir um set list variado, com músicas como 'Cumpade e Cumade', de Leandro & Leonardo.

“Eu sempre achei que música é algo que agrega, nunca vi limite em nada. Eu entendo que a gente nasceu para se misturar, para estar junto um com o outro e eu n?o consigo ver essa associa??o entre público e estilos. Para mim, todo mundo que faz música tem a ben??o de levar alegria, de marcar encontro, de marcar momentos e construir experiências junto com outras pessoas”.

A fala de Claudinha n?o é da boca para fora. A loira concentra parcerias em diversos estilos musicais, como rock, funk, pagode, reggaeton, pop e, claro, o sertanejo. A cantora brinca que já “gravou música com todo mundo que se imagina”.

2 de 3 Claudinha Leitte se apresentou no Barret?o Elétrico da Festa do Pe?o de Barretos 2024 neste sábado (24) — Foto: érico Andrade/g1

Um dos grandes hits da carreira, “Doce Desejo” é fruto de uma parceria com Bruno & Marrone, em 2006. Mais recentemente, veio a grava??o de “Ent?o Vem Cá”, com Mano Walter, em 2018 e, há menos de um mês, lan?ou “Beijo Incompatível” com a dupla Marcos & Belutti, no novo projeto chamado "Intemporal", lan?ado em abril deste ano.

“Eu sempre fiz isso. N?o tem limite para mim, eu fa?o música, sou muito livre e foi a Bahia quem me deu isso. Diversificar é importante para a gente e o carnaval é plural, a gente lida com dois milh?es de pessoas na rua. Eu sempre fui apaixonada por música sertaneja”.

Sobre a fus?o com outros ritmos, a cantora acredita que este é um processo natural e n?o sente que é algo que precise fazer, mas que faz por que gosta e defende que a troca entre gêneros traz bons frutos para a música brasileira.

“Nunca nunca vi como algo que eu precisasse fazer. Está feito já, a gente só precisa conectar de alguma maneira cada uma levando para sua identidade. Eu trago para o meu axé, a galera do sertanejo sempre tocou em trio-elétrico. Eu nunca vejo como uma necessidade de misturar. é natural, organico”.

3 de 3 Claudinha Leitte se apresentou no Barret?o Elétrico da Festa do Pe?o de Barretos 2024 neste sábado (24) — Foto: érico Andrade/g1

Projeto “Intemporal” e fase intimista

Conhecida pela alegria, letras festivas, espírito de carnaval e por sacudir a multid?o, Claudia Leitte é uma das maiores representantes brasileiras do axé music.

No entanto, seu último projeto “Intemporal” veio com uma proposta mais reflexiva e intimista, abordando temas sociais e de saúde mental. Um DVD foi gravado em S?o Paulo em abril, com várias parcerias como Léo Santana e Manu Bahtid?o. A fase musical é fruto de situa??es vividas por Claudinha na pandemia e o que experienciou junto com o seu público durante todo esse processo.

“Acho que tem muito a ver com que a gente viveu. A gente veio de um processo de pandemia, de olhar muito para dentro e eu acho que foi muito espontaneo o 'Intemporal', é meio que uma viagem dentro do meu juízo. Eu tenho quatro esta??es representadas ali, ent?o como a vida é cíclica, é feita de esta??es que v?o e vêm. As coisas se repetem, n?o tem nada novo nesse mundo”, diz.

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