BBCcom_Content_Index_for_August_25_2020.txt

Amaz?nia enfrenta crises de água e saneamento mesmo com rios abundantes

A Amaz?nia abriga a maior bacia hidrográfica do ?niaenfrentacrisesdeáresuktado mega sena de sabadomundo, formada por milhares de rios que cortam a floresta e representam um verdadeiro “oceano doce”.

Estima-se que um quinto da água doce superficial do mundo esteja na regi?o, refor?ando sua importancia global para o equilíbrio ecológico e climático.

Mas, apesar dessa abundancia, os recursos hídricos enfrentam amea?as. Crimes ambientais e contamina??o das águas afetam comunidades ribeirinhas e a popula??o urbana.

Em Manaus, mesmo cercada por rios, o abastecimento de água e o saneamento básico ainda apresentam problemas.

Projetos inovadores também ajudam no monitoramento da água. O rob? Yara, desenvolvido pela Universidade do Amazonas, registra dados de qualidade hídrica para apoiar a??es de preserva??o.

A Amaz?nia abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, formada por milhares de rios que cortam a floresta e representam um verdadeiro “oceano doce”. Entre eles, os gigantes Rio Negro e Solim?es n?o apenas comp?em paisagens imponentes, mas também garantem a sobrevivência de milh?es de pessoas e mantêm a maior biodiversidade do planeta.

Estima-se que um quinto da água doce superficial do mundo esteja na regi?o, refor?ando sua importancia global para o equilíbrio ecológico e climático. Mas, apesar dessa abundancia, os recursos hídricos enfrentam amea?as. Crimes ambientais e contamina??o das águas afetam comunidades ribeirinhas e a popula??o urbana.

“é um prejuízo direto para quem habita aqui. Contaminantes organicos e químicos acabam escoando dos igarapés para os rios. Por um lado há abundancia, por outro, vulnerabilidade”, afirmou Marco Ant?nio Oliveira, geólogo do Servi?o Geológico do Brasil.

?? Participe do canal do g1 AM no WhatsApp

Em Manaus, mesmo cercada por rios, o abastecimento de água e o saneamento básico ainda apresentam problemas.

Elisa Sateré, que viveu oito anos em uma comunidade indígena, lembra das dificuldades:

“Era uma dificuldade enorme. N?o tínhamos po?o próprio e dependíamos de outras comunidades ou de buscar água na cacimba", disse.

Atualmente, a água encanada chegou, mas o desafio permanece. Cerca de 730 milh?es de litros — o equivalente a 292 piscinas olímpicas — s?o retirados diariamente do Rio Negro para abastecer a capital. A maior parte da popula??o utiliza água superficial, tratada e controlada antes de chegar às torneiras.

“Lá em casa, economizo água sempre. Abro apenas na hora do enxágue e tento n?o sujar tanto”, explicou Jarina Souza, moradora de Manaus.

Apesar do uso intenso, apenas 34% dos domicílios da cidade têm acesso ao servi?o de esgoto. A concessionária responsável projeta alcan?ar 90% de cobertura até 2033.

De acordo com a Agência Reguladora dos Servi?os Públicos Delegados do Município de Manaus, a concessionária águas de Manaus está cumprindo o prazo de constru??o da rede de esgoto na capital, com meta prevista para 2033.

Segundo o órg?o, é necessário um trabalho de conscientiza??o da popula??o que já tem acesso à rede de drenagem de esgoto para que passe a utilizá-la.

O órg?o destacou que é responsabilidade de todos contribuir para que o sistema de esgoto seja eficiente e ajude na preserva??o das águas. A maior parte da água usada é devolvida ao meio ambiente sem tratamento adequado.

“Se toda a popula??o estivesse conectada à rede de esgoto, conseguiríamos ter rios muito mais saudáveis”, afirmou Tannia Mattos, coordenadora de tratamento de esgoto.

Em áreas de palafitas, a instala??o de rede de esgoto precisou ser aérea. Ivone Rodrigues, moradora da regi?o, contou que a mudan?a trouxe melhorias.

“O cheiro era horrível. Teve gente que relutou, mas eu entendi a importancia mesmo sem ter estudo elevado.”

Projetos inovadores também ajudam no monitoramento da água. O rob? Yara, desenvolvido pela Universidade do Amazonas, registra dados de qualidade hídrica para apoiar a??es de preserva??o.

“Precisamos tratar a quest?o da água na Amaz?nia com a mesma prioridade que temos com a floresta e o clima”, explicou Carlossandro Albuquerque, coordenador do projeto.

Iniciativas locais refor?am a conscientiza??o sobre a preserva??o. No Sítio da Ant?nia, a planta??o de 300 a?aizeiros Ju?ara envolve crian?as em projetos educativos sobre a água.

“Nós temos que cuidar da natureza, especialmente da água, para que nossos bisnetos também vejam água limpa. Isso aqui é um tesouro”, disse Ant?nia Assun??o.

A educa??o ambiental se estende às crian?as, que aprendem desde cedo sobre a importancia de proteger rios e florestas.

*Com informa??es de Daniela Branches, da Rede Amaz?nica