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Justi?a aceita denúncia contra promotor e assessor acusados de cobrar R$ 3 mi para arquivar caso no PI

TJPI aceita denúncia contra promotor acusado de cobrar R$ 3 milh?es para arquivar investiga??o.

Vídeos mostram promotor e ex-assessor negociando pagamento para livrar empresário de processo.

PF flagra entrega de R$ 500 mil e encontra quase R$ 900 mil na casa de promotor no Piauí.

Promotor é acusado de extors?o,?aaceitadenújogo de skate profissional supress?o de provas e influência indevida no Judiciário.

MPPI pede pris?o preventiva e perda de cargo de promotor suspeito de corrup??o no Piauí.

O Tribunal de Justi?a do Piauí (TJPI) aceitou a denúncia contra o promotor Maurício Verdejo Gon?alves Junior e o ex-assessor André Ricardo Bispo Lima. Eles s?o acusados de cobrar R$ 3 milh?es de um empresário para arquivar uma investiga??o.

A informa??o foi divulgada pelo Ministério Público do Piauí (MPPI), autor da denúncia, na segunda-feira (1o). A denúncia foi feita há quase um ano, em 2 de setembro de 2024. A defesa dos acusados n?o foi localizada pelo g1.

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Segundo o MPPI, o promotor se encontrou com o empresário Junno Pinheiro entre julho e agosto de 2024. Nessas reuni?es, Verdejo teria exigido R$ 3 milh?es para arquivar uma investiga??o e ajudar na absolvi??o do empresário em outro processo criminal.

Vídeos obtidos com exclusividade pela Rede Clube mostram Maurício Verdejo e André Bispo negociando e recebendo o pagamento. Em uma das grava??es, o promotor afirma: “Vou pegar tudo e vou fazer a análise, falo que n?o tem nada e pronto. Quando passar dessa fase, ‘vamo’ tomar uma para comemorar”.

Imagens obtidas pela Rede Clube mostram o promotor e o ex-assessor negociando e recebendo dinheiro. Em um dos vídeos, Verdejo diz: “Vou pegar tudo e vou fazer a análise, falo que n?o tem nada e pronto. Quando passar dessa fase, ‘vamo’ tomar uma para comemorar”

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Investiga??o da PF

A Polícia Federal come?ou a investigar o caso após Junno Pinheiro, empresário de Parnaíba, denunciar que foi abordado por Maurício Verdejo em um restaurante de Barra Grande, no litoral do Piauí.

Conforme a denúncia, o promotor deu poucos dias para o pagamento, amea?ando manter o empresário como alvo da Opera??o Jet Ski.

A investiga??o apura contratos irregulares de aluguel de equipamentos hospitalares feitos sem licita??o com a extinta Funda??o Estadual de Servi?os Hospitalares (Fepiserh).

Devido ao foro privilegiado de Verdejo, a Polícia Federal acionou o MPPI. Os dois órg?os passaram a investigar o caso em conjunto.

"Ouvimos a vítima novamente para apurar se realmente a denúncia era factível e a ela nos contou com riqueza de detalhes a forma como tinha sido feita a abordagem", contou o subprocurador-geral de Justi?a, Jo?o Malato.

"Inclusive, durante a oitiva dessa vítima, o promotor investigado mandava mensagens via Whatsapp já marcando o encontro dizendo que eles tinham que se encontrar para resolver o negócio o mais rápido possível", completou Malato.

A investiga??o da Polícia Federal durou cerca de uma semana. Nesse período, a Justi?a autorizou grava??es com áudio e vídeo dos encontros entre o empresário e os acusados.

Promotor dizia que podia 'enterrar' provas

Segundo a investiga??o, durante as negocia??es, Verdejo afirmou ter influência no TJPI e em instancias superiores. Ele também disse que poderia “enterrar” provas e documentos sigilosos.

As investiga??es mostram que, em 2 de agosto de 2024, Junno Pinheiro foi à casa do promotor para entregar parte do dinheiro. No dia 7, voltou com R$ 500 mil. A PF flagrou o encontro e, após busca na casa de Verdejo, encontrou R$ 896 mil.

O ex-assessor André Bispo também é investigado. Ele teria ajudado o empresário a elaborar peti??es para tentar arquivar o processo.

Verdejo também é acusado de bloquear remotamente seu celular apreendido, impedindo a perícia de acessar os dados. Por isso, o MPPI o denunciou por supress?o de documento e pediu sua pris?o preventiva e perda do cargo.

1 de 1 Promotor convida vítima para comemorar arquivamento de denúncia: 'vamo tomar uma' — Foto: Reprodu??o/TV Clube

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