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Caso Pedrinho: ‘Me sinto com o cora??o apertado, mas a justi?a tem que ser feita para ambas as partes’, desabafa avó do menino

Pedro Henrique Ferreira Danin,??oapertadomasajusti?atemqueserfeitaparaambasaspartesdesabafaavóquais ser?o os horários dos jogos da copa do mundo de 2022? de 2 anos, morreu no dia 22 de julho deste ano, em Santa Isabel.

A m?e do menino, Giovanna Cerazo Danin, e o padrasto, Jeferson Ivan Lopes dos Santos, foram presos temporariamente, suspeitos de envolvimento na morte.

A avó do menino, Chaiana Sim?o de Deus Reis, foi quem suspeitou que a morte do neto poderia ser um homicídio.

“Me sinto com o cora??o apertado, mas a justi?a tem que ser feita para ambas as partes”, desabafa Chaiana Sim?o de Deus Reis, sobre a pris?o da filha?Giovanna Cerazo Danin, que é suspeita de envolvimento na morte do filho Pedro Henrique Ferreira Danin, de 2 anos.

O laudo definitivo confirmou que Pedrinho morreu por asfixia, no dia 22 de julho deste ano, em Santa Isabel.

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A m?e do menino e o padrasto Jeferson Ivan Lopes dos Santos, de 21 anos, foram presos nesta ter?a-feira (2). Ele foi encontrado em águas de Lindóia e é apontado pela polícia como autor do crime. Já Giovanna Cerazo Danin, também de 21 anos, foi presa no Guarujá.

Giovana deve responder por homicídio com dolo eventual, já que, segundo a investiga??o, assumiu o risco ao deixar o filho sob os cuidados do companheiro, mesmo após situa??es anteriores de maus-tratos.

Chaiana foi quem suspeitou que a morte do neto poderia ser um homicídio. Ela espera que a justi?a seja feita. “Sim, foi ele mesmo quem matou meu neto, isso é claro”, mencionou.

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No dia da morte, Pedrinho chegou a ser levado para a Santa Casa de Santa Isabel pelo padrasto.

Segundo Regina Campanelli, delegada do caso, as vers?es apresentadas no hospital?pelo jovem foram contraditórias. Inicialmente, ele informou que a crian?a teria caído da escada e depois afirmou que ele tinha caído no banho.

"Isso gerou uma suspeita em rela??o ao caso. Nós iniciamos as investiga??es dentro do inquérito policial e tornou-se um caso extremamente complexo. Foram ouvidas mais de vinte testemunhas dentro desse inquérito. O primeiro laudo n?o trouxe um resultado definitivo justamente porque o menino n?o apresentava les?es externas aparentes", explicou.

O médico-legista solicitou, ent?o, outros dois exames: o toxicológico e o anatomopatológico.?De acordo com a delegada, o anatomopatológico apontou que a causa da morte seria asfixia.?O médico acredita que Jeferson tenha usado as m?os para sufocar a parte superior de Pedrinho.

Em rela??o à m?e, a suspeita iniciou a partir de depoimentos de testemunhas, que relataram diversas situa??es de maus-tratos relacionadas à crian?a e de abandono de incapaz. Isso porque a jovem, junto ao namorado, deixava o menino dormindo para ir a uma adega e outras festas.

"Apareceram também duas testemunhas que relataram que entre abril e maio o menino apareceu com os olhos muito inchados. A justificativa foi a mesma: que ele tinha caído no banheiro mas eles n?o levaram o menino ao médico, se recusaram a levar, apesar da insistência dos vizinhos", relatou Campanelli.

A delegada disse ainda que, apesar da justificativa de que o menino teria caído no banho no dia da morte, familiares disseram que o banheiro estava extremamente seco após o ocorrido.

"A desconfian?a sobre a Giovana veio justamente pelo fato de ter evidenciado uma situa??o de negligência. Ela deixava o autor cuidar do filho dela já sabendo de diversas outras situa??es de maus-tratos que ocorriam ali no ambiente. Outro fato que se corroborou com essa situa??o é que Giovana estava dan?ando funk numa balada num dia após a morte de seu filho. Isso demonstra também que ela n?o estava muito preocupada com a situa??o", relatou a delegada.

A delegada informou que, durante as buscas, foram apreendidos dois colch?es na casa onde a crian?a morava. O maior já apresentava manchas de sangue aparentes, mas Giovana alegou que ele havia sido recebido como doa??o. Já o colch?o de Pedrinho parecia limpo, mas reagiu fortemente ao uso de luminol.

“Quando o Instituto de Criminalística jogou o luminol, o sangue gritou, muito sangue no colch?o. Agora eu pedi o material biológico ao IML e esse material será encaminhado ao IC para confronto biológico, para sabermos se aquele sangue é do Pedrinho”, disse Campanelli.

As investiga??es seguem em andamento. Segundo a delegada, a pris?o decretada nesta quarta-feira é temporária, válida por 30 dias, e pode ser prorrogada por igual período. “Ao final, com esse resultado do IC, a gente vai pedir a pris?o preventiva, e a pris?o preventiva n?o tem prazo: ela vai até o final do julgamento”, finalizou.

Relembre o caso

Pedro Henrique Ferreira Danin foi encontrado inconsciente no banheiro da casa em que morava com a m?e e o padrasto.?O caso aconteceu no Parque S?o Benedito.

De acordo com a Secretaria Estadual de Seguran?a Pública (SSP), no dia 22 de julho, o padrasto da crian?a contou que deixou o menino no banho e, ao retornar, o encontrou caído.

Neste momento, o homem buscou ajuda e um motorista que passava pelo local os levou à Santa Casa da cidade, onde a morte da crian?a foi confirmada.

Na certid?o de óbito consta que a causa da morte está por esclarecer. O caso foi registrado como morte suspeita na delegacia de Santa Isabel.

A ajudante geral Chaiana Sim?o de Deus Reis é avó materna da crian?a e suspeitava que o padrasto esteja envolvido na morte do menino.

“Tem uma possibilidade dele ser o culpado. No laudo da crian?a está 'a esclarecer'. O que passa na minha cabe?a é que foi ele”.

Segundo Chaiana, o companheiro da filha é agressivo e ciumento e teria tentado enforcar a companheira no dia 18 de julho, dias antes da morte do menino. Ela relatou que nesta mesma data, o av? paterno da crian?a foi até a casa deles buscar Pedro para passar o final de semana com o pai, que mora em S?o José dos Campos.

“Ele n?o aceita o pai da crian?a. Ela [filha] desceu o escad?o pra deixar a crian?a com o av? e subiu sorrindo. O marido achou que o pai da crian?a estava no carro e ela voltou sorrindo. Daí, ele bateu nela. Se a vizinha n?o chega, o marido ia matar ela”, contou.

No dia seguinte, Chaiana afirmou que a filha pediu ajuda ao irm?o, pois estava com medo do companheiro. Chaiana foi até a padaria onde a filha trabalha em Santa Isabel, para buscá-la e levá-la para sua casa.

Entretanto, no dia 20 de julho, a m?e da crian?a retornou para a casa onde morava com o companheiro. O av? paterno de Pedro o entregou para a m?e no dia 21 de julho, dia anterior à sua morte.

De acordo com a avó, no dia 22 à noite, a filha ligou para ela contando que Pedro tinha morrido depois de bater a cabe?a e ter uma parada cardíaca, enquanto tomava banho sob os cuidados do padrasto.

“A casa estava seca. Ele disse que ia buscar uma toalha pra secar a crian?a e ela caiu. A casa tem camera, na hora a camera estava desligada. Ele falou que a camera estava desligada. Pode ser um acidente, mas uma crian?a n?o cai, bate a cabe?a e tem parada cardíaca. No hospital ele deu duas vers?es, primeiro que ele [Pedro] rolou a escada e depois que ele [Pedro] caiu e bateu a cabe?a. O enfermeiro disse que ele entrou com asfixia e n?o tinha hematoma nenhum na cabe?a”.

Chaiana afirmou que toda vez que o padrasto ia à casa dela, quando a filha e o neto ainda moravam com ela, Pedro sentia medo. Em alguns momentos, o menino até gostava do namorado da m?e, mas segundo a avó, em outros ele n?o queria estar perto do homem.

“A tia da creche relatava que toda vez que o padrasto ia buscar, ele n?o queria ir”, relembrou.

A avó destaca que a família quer justi?a.

“é uma crian?a inofensiva, de 2 aninhos, onde sorria, pulava, brincava. A gente quer saber a verdade, mesmo que for um acidente, a gente quer saber o que aconteceu”, desabafou aos prantos.

1 de 1 Laudo comprova que Pedro Henrique Ferreira Danin, de 2 anos, morreu por asfixia — Foto: Chaiana Reis/Arquivo pessoal

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