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'Ferimento muito grande', diz m?e de crian?a atacada por piranhas em balneário de Macapá

1 de 3 Banhistas relatam ataques de piranhas em balneário de Macapá — Foto: Reprodu??o

Há dois fins de semana,?edecrian?aatacadaporpiranhasembalneáriodeMacapálotofácil 1934 banhistas vêm sendo atacados por piranhas num balneário da Zona Sul de Macapá. O caso chama a aten??o, pois no local n?o havia registro desse tipo de peixe. O g1 procurou a gest?o do estabelecimento, mas eles ainda n?o se pronunciaram sobre o assunto.

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Em um dos ataques registrados no último domingo (1o), uma crian?a de 10 anos precisou ser encaminhada ao hospital.

Ao g1, Juliana Oliveira, m?e da vítima, relatou que ela e a família foram até o balneário comemorar o aniversário do filho, mas a divers?o deu espa?o a um momento de tens?o.

“Chegamos no local lá pelas 11h40, após almo?armos levei ele para ir banhar, a maré estava rasa, e achamos uma parte que tem areias e pedras no fundo, e estava confortável para pisar [...] passado uns 15 minutos, minha irm? foi até lá, quando ela estava se aproximando ele come?ou a falar para ela que uma ‘cobra’ tinha mordido o pé dele, ele pediu ajuda e minha irm? puxou ele muito rápido para cima, quando ela olhou o pé dele tinha um ferimento muito grande”, detalhou Juliana.

Ainda segundo Juliana, antes do filho ser atacado, outra crian?a também já havia sido mordida.

“Antes de acontecer isso, a uns 20 minutos antes, uma menina na faixa de idade dele tinha sido mordida, mas as pessoas falavam que ela tinha machucado o pé em algum toco, ou algo assim. Com o machucado muito grande no pé, eu decidi levar ele para UPA na mesma hora, sangrava bastante”, relembrou.

De acordo com a Professora Ma. Neuciane Dias, do colegiado de engenharia de pesca da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), nesses casos, a recomenda??o, de fato, é ‘correr’ para o hospital.

Segundo ela, em algumas situa??es o ferimento precisa ser suturado, além disso, é preciso verificar indícios de infec??o.

Aviso à popula??o sobre os ataques

No caso de Juliana, ela afirmou que n?o havia informa??es no local sobre os ataques. “Fiquei chateada, pois n?o havia nenhum aviso no local, e após dois serem mordidos, ninguém alertou os visitantes para n?o entrar na água, o que provavelmente gerou mais vítimas”, disse.

Já neste domingo (8), uma placa com letras em vermelho foi posta no local. Apesar disso, novas vítimas foram identificadas.

2 de 3 Placa colocada no balneário para avisar os banhistas sobre os ataques — Foto: Reprodu??o

Sobre as piranhas

A professora Neuciane Dias explicou ao g1 que diferentes fatores podem estar influenciando no aparecimento desse tipo de peixe na regi?o. Ela destaca que, se n?o houver um predador natural, a tendência é de aumento da espécie.

“Se de repente a popula??o de 10 anos atrás ia para lá tomar um banho, n?o tinha esse tipo de encontro desagradável, é porque realmente n?o havia piranhas ali. Ent?o, de repente, alguém que quis criar em casa, viu que n?o tinha condi??es, soltou o bicho ali, de repente alguma ave pousando em algum lugar que tinha piranha, carregou algum indivíduo de lá para esse local. Tem fatores que podem estar contribuindo para esses bichos estarem lá. Ent?o, se n?o houver algo que controle essa popula??o desses indivíduos lá, elas v?o continuar e a tendência é só aumentar a popula??o”, destacou a pesquisadora.

Neuciane relembrou ainda que a maioria dos ataques desses bichos ocorrem, pois a popula??o n?o sabe da presen?a deles naquela água.

Em rela??o aos predadores naturais, est?o entre eles: peixes maiores, jacarés, cobras, tartarugas, aves, lontras, on?as, botos e humanos.

3 de 3 Umas das principais característica do animal s?o os dentes afiados — Foto: Reprodu??o

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