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O que há sob a crosta de Marte? Novos estudos revelam núcleo sólido e sinais de antigos terremotos

Há três anos,ásobacrostadeMarteNovosestudosrevelamnúcleosóbetfair 10 30 a poeira marciana cobriu os painéis solares do módulo de pouso InSight, da Nasa, encerrando suas opera??es e levando à aposentadoria da miss?o. Mas os dados coletados continuam revelando detalhes sobre o planeta vermelho — especialmente suas semelhan?as e diferen?as em rela??o à Terra. Entre cremes milagrosos e cirurgias: especialistas alertam para o lado pouco falado da pele flácida após perda rápida de pesoMito ou desculpa para homens dramáticos? Especialistas explicam a 'gripe masculina' Em um novo artigo publicado nesta quarta-feira (3) na revista Nature, cientistas anunciaram que a parte mais interna do núcleo de Marte n?o é líquida, mas sólida, assim como ocorre no nosso planeta. Já outro estudo, divulgado na semana passada na Science por uma equipe diferente, descreveu o manto marciano como repleto de detritos antigos, com uma textura mais parecida a uma estrada rochosa do que a um sorvete cremoso. Juntos, os trabalhos oferecem pistas sobre a história de Marte, incluindo as colis?es violentas que sofreu no passado e como perdeu seu campo magnético. As descobertas podem ajudar a entender melhor outros mundos rochosos e a identificar condi??es necessárias para a habitabilidade em diferentes regi?es da galáxia. “Há conex?es com nosso próprio planeta, com a forma como os planetas se formam em geral e com a maneira como entendemos mundos fora do sistema solar”, disse Ingrid Daubar, cientista planetária da Universidade Brown e ex-integrante da equipe científica do InSight, que n?o participou dos estudos. Uma crosta parada no tempo Decifrar a história geológica inicial da Terra é um desafio, já que sua crosta está em constante transforma??o devido às placas tect?nicas que reciclam continuamente o material entre a superfície e o interior. Marte, no entanto, é diferente: sua crosta funciona como uma tampa rígida e estagnada, preservando um interior praticamente congelado desde sua forma??o. Cientistas v?o se isolar em camara construída para simular condi??es de vida em Marte 1 de 8 Cientistas v?o se isolar em camara construída para simular condi??es de vida em Marte — Foto: Mark Felix / AFP 2 de 8 Grupos devem passar um ano reproduzindo como seria cotidiano dos primeiros exploradores no planeta vermelho — Foto: Mark Felix / AFP Pular X de 8 Publicidade 8 fotos 3 de 8 NASA quer preparar as suas futuras viagens tripuladas ao planeta vizinho, para se ter uma ideia melhor da utiliza??o dos recursos — Foto: Mark Felix / AFP 4 de 8 O recinto fechado em que os voluntários passar?o doze meses de suas vidas mede cerca de 160 metros quadrados, dos quais cada centímetro será aproveitado — Foto: Mark Felix / AFP Pular X de 8 Publicidade 5 de 8 A camara, apelidada de Mars Dune Alpha, foi construída usando tecnologia 3D, usando materiais semelhantes aos que podem ser encontrados em Marte — Foto: Mark Felix / AFP 6 de 8 O “imóvel” tem quatro quartos, um por morador, zona para onde podem retirar-se caso necessitem de privacidade, uma sala com cozinha — Foto: Mark Felix / AFP Pular X de 8 Publicidade 7 de 8 Tripulantes foram escolhidas entre público que atende requisitos, como ter mais de 30 anos, excelente saúde física e mental, diploma universitário avan?ado em algum campo da ciência e tecnologia — Foto: Mark Felix / AFP 8 de 8 Nesta primeira miss?o, eles ser?o comandados por Kelly Haston, endocrinologista especializada no desenvolvimento de modelos de doen?as — Foto: Mark Felix / AFP Pular X de 8 Publicidade Grupos devem passar um ano reproduzindo como seria cotidiano dos primeiros exploradores no planeta vermelho A miss?o InSight, lan?ada em 2018 pelo Laboratório de Propuls?o a Jato da Nasa, instalou no planeta um sism?metro capaz de registrar mais de 1.300 abalos sísmicos durante sua opera??o. O acompanhamento desses tremores foi essencial para mapear o interior marciano. Cientistas analisaram oito “martemotos” que geraram ondas sísmicas em diferentes frequências. Eles observaram que as ondas de alta frequência chegavam com atraso de até dezenas de segundos em rela??o às de baixa frequência. Simula??es indicaram que essas ondas foram dispersas e retardadas por fragmentos no manto. “é como um sonar ecoando em um campo de rochas submersas”, explicou Constantinos Charalambous, cientista planetário do Imperial College de Londres que liderou o estudo. As ondas mais curtas, acrescentou, s?o especialmente vulneráveis a esse tipo de desvio. Detritos de colis?es antigas Os pesquisadores concluíram que os detritos se estendem por até 1.400 quil?metros abaixo da superfície, com fragmentos de mais de três quil?metros de largura. A dispers?o sugere que o fen?meno foi causado por impactos de grande energia. “Um impacto seria suficiente”, afirmou Thomas Pike, engenheiro do Imperial College de Londres. “Mas uma série de colis?es também pode ter contribuído.” Segundo ele, asteroides ou outros projéteis podem ter lan?ado material para o interior do planeta. O fato de esses fragmentos terem sobrevivido por bilh?es de anos indica que o manto marciano é espesso e lento, o que dificulta sua elimina??o. Nasa cria habitat com impressora 3D para simular vida em Marte 1 de 5 Habita??o em Marte: habitat recebeu o nome de Mars Dune Alpha — Foto: AFP 2 de 5 Nasa cria habitat com impressora 3D para simular vida em Marte — Foto: AFP Pular X de 5 Publicidade 5 fotos 3 de 5 Sala de trabalho dentro do Mars Dune Alpha do CHAPEA no Johnson Space Center em Houston, Texas — Foto: AFP 4 de 5 Um banheiro dentro do Mars Dune Alpha da CHAPEA no Johnson Space Center em Houston, Texas — Foto: AFP Pular X de 5 Publicidade 5 de 5 A casa de 160 metros quadrados inclui uma fazenda vertical para cultivo de vegetais, uma sala dedicada a procedimentos médicos, uma área de relaxamento e esta??es de trabalho — Foto: AFP A casa está localizada nas instala??es de pesquisa do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, Texas Em paralelo, outra equipe analisou ondas sísmicas de baixa frequência para investigar o núcleo do planeta. Ao examinar dados de mais de 20 terremotos, os cientistas descobriram que ondas que atravessavam a regi?o mais profunda chegavam até 200 segundos antes do esperado se o centro fosse totalmente líquido. As medi??es sugerem que Marte possui uma camada líquida externa envolvendo uma parte interna sólida, explicou o sismólogo Daoyuan Sun, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China. Esse núcleo sólido tem cerca de 600 quil?metros de raio. Sem campo magnético Assim como o da Terra, o núcleo de Marte é sólido por dentro e líquido por fora. No caso terrestre, porém, a movimenta??o do manto puxa calor do interior, agitando o núcleo externo e alimentando o campo magnético que protege o planeta da radia??o solar e gera as auroras boreais. Em Marte, a história é diferente. Apesar de ter estrutura semelhante, o planeta n?o conta com campo magnético. Para Douglas Hemingway, cientista planetário da Universidade do Texas em Austin, isso pode estar ligado à lentid?o do manto, que extrai calor de forma ineficiente. Até agora, apenas Terra e Marte foram estudados com a sismologia. Mas novas miss?es est?o a caminho. Em 2027, a Nasa lan?ará a Farside Seismic Suite, voltada ao estudo do interior da Lua. Já em 2028, a agência pretende enviar o Dragonfly, um drone com sism?metro para explorar o subsolo gelado de Tit?, a maior lua de Saturno. Segundo Hemingway, compreender esses mundos é essencial para ampliar o conhecimento sobre a própria Terra: “N?o se pode entender nosso planeta sem compará-lo a outros corpos celestes. é preciso estudar diferentes tipos para ter uma vis?o mais completa.” Mais recente Próxima Eclipse lunar poderá ser visto do Brasil? Veja data, horário e como assistir à Lua de Sangue Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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