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Biomédica que deformou glúteos de paciente já tem duas condena??es e deve pagar mais de R$ 100 mil em multas

Lorena Marcondes de Faria,édicaquedeformouglúteosdepacientejátemduascondena??dias da lotofácil biomédica que atuava em Divinópolis, foi condenada pela terceira vez por erros em procedimentos estéticos.

A decis?o mais recente é de julho de 2025, após uma paciente relatar deforma??es nos glúteos causadas por um tratamento conhecido como "pump de glúteos".

Ela também responde judicialmente pela morte de íris Martins, que passou por lipoaspira??o e morreu após complica??es em 2023.

Por esse motivo, Lorena está em pris?o domiciliar desde maio de 2024.

O g1 tenta localizar a defesa da biomédica, que pode recorrer das três condena??es.

1 de 1 Biomédica Lorena Marcondes — Foto: Reprodu??o/Site oficial

Lorena Marcondes de Faria, biomédica que atuava em Divinópolis, foi condenada pela terceira vez por erros em procedimentos estéticos. A decis?o mais recente é de julho, após uma paciente relatar deforma??es causadas por um tratamento conhecido como "pump de glúteos". O g1 tenta localizar a defesa da biomédica, que pode recorrer das três condena??es.

Lorena também responde judicialmente em um quarto processo pela morte de íris Martins, que passou por uma lipoaspira??o e morreu após complica??es em 2023. Por esse motivo, Lorena está em pris?o domiciliar desde maio de 2024.

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As três condena??es de Lorena por erros estéticos s?o:

Pump de glúteos

O processo come?ou após denúncia de uma paciente que, em abril de 2023, procurou a clínica de Lorena para realizar o chamado "pump de glúteos". Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o tratamento foi feito de forma invasiva, com perfura??es por canulas e uso de anestesia — prática restrita a médicos.

A vítima contou que sentiu dores intensas e pediu para interromper o tratamento, mas Lorena teria ignorado o pedido.

Dias depois, surgiram hematomas que evoluíram para feridas com secre??o e necrose, obrigando a paciente a ser internada duas vezes no Hospital Jo?o XXIII, em Belo Horizonte. Antes da interna??o, ela tentou contato com Lorena, mas n?o obteve resposta. Depois, soube que a biomédica havia sido presa.

Laudos médicos anexados ao processo confirmaram incapacidade para o trabalho por mais de 30 dias e deformidade permanente nos glúteos. A paciente, que trabalhava como nail designer em Nova Serrana, relatou que precisou fechar o negócio e ainda enfrenta dificuldades emocionais e físicas por causa das sequelas.

Preenchimento labial de modelo

Em janeiro de 2025, Lorena foi condenada a quatro anos de pris?o em regime semiaberto e ao pagamento de R$ 50 mil ao modelo Eduardo Luiz Santos.

Ele procurou a biomédica para realizar um preenchimento labial, mas o procedimento resultou em deforma??es graves na boca. O caso ganhou repercuss?o nas redes sociais após o modelo expor o resultado e relatar as dores e dificuldades enfrentadas após o procedimento.

Segundo o processo, Eduardo sofreu danos estéticos e emocionais, além de precisar passar por tratamentos corretivos. A Justi?a entendeu que Lorena agiu com imperícia e imprudência, realizando um procedimento invasivo sem respaldo técnico adequado. A senten?a destacou que a profissional n?o tinha autoriza??o para aplicar anestesia e que o procedimento foi feito em ambiente inadequado.

Harmoniza??o facial e lipoaspira??o de papada

Em mar?o de 2025, Lorena foi condenada a pagar R$ 56.550 a um paciente que teve complica??es após realizar harmoniza??o facial e lipoaspira??o de papada em 2021.

Após os procedimentos, o paciente apresentou dores, incha?os e dificuldades para se alimentar e respirar. Procurou atendimento médico e foi informado de que os procedimentos haviam sido feitos de forma inadequada.

A Justi?a considerou que Lorena atuou fora dos limites da profiss?o e sem os cuidados exigidos para interven??es desse tipo. A decis?o também apontou falhas na estrutura da clínica e ausência de acompanhamento pós-procedimento.

Lorena aguarda julgamento por morte de paciente após lipoaspira??o

No dia 8 de maio de 2023, íris Martins passou mal durante uma lipoaspira??o realizada no consultório de Lorena, em Divinópolis. A clínica foi interditada pela Vigilancia Sanitária no mesmo dia. íris foi internada em estado grave, mas n?o resistiu e morreu.

Na época, Lorena foi presa preventivamente. Após cumprir 15 dias de pris?o, Lorena passou para pris?o domiciliar. Cinco meses depois, foi indiciada por homicídio doloso.

Em mar?o de 2024, após descumprir medidas cautelares, foi novamente presa e levada ao Presídio de Vespasiano. Depois, foi transferida para o Presídio Floramar, de onde saiu em maio.

No mesmo mês, foi presa pela terceira vez, em Nova Lima, e teve a pris?o convertida novamente em domiciliar. Ela segue nessa situa??o enquanto aguarda o julgamento pelo caso.

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