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Saiba como se tornar uma família acolhedora

No Brasil,boo cassino 34.475 crian?as e adolescentes est?o acolhidos em institui??es ou vivem com famílias voluntárias - o chamado acolhimento familiar. Apesar de ser um modelo preconizado pelo Estatuto da Crian?a e do Adolescente (ECA), apenas 6,2% das crian?as afastadas da família de origem por medida judicial est?o com famílias acolhedoras.

O texto do ECA faz quest?o de refor?ar a importancia da convivência familiar para crian?as e adolescentes em situa??es de vulnerabilidade.

“§ 1 A inclus?o da crian?a ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.”

Art. 34 da Lei no 8.069 | Estatuto da Crian?a e do Adolescente, de 13 de julho de 1990.

O que é o acolhimento familiar?

O acolhimento familiar é uma medida de prote??o para crian?as e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem. A família acolhedora, que integra o Servi?o de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA), torna-se responsável pelo cuidado e pela prote??o da crian?a enquanto durar a medida protetiva. A família voluntária recebe a guarda provisória vinculada a sua participa??o no Servi?o de Acolhimento.

1 de 2 Grava??es do Profiss?o Repórter com uma família acolhedora do Instituto Fazendo História — Foto: Profiss?o Repórter

Quais os critérios para ser uma família acolhedora?

De acordo com a Coaliz?o pelo Acolhimento em Família Acolhedora, os critérios levados em conta na hora de selecionar uma família voluntária s?o os seguintes:

Maioridade legal;N?o estar em processo de habilita??o ou habilitado no Sistema Nacional de Ado??o, conforme Art.34, § 3o do Estatuto da Crian?a e do Adolescente (ECA);Concordancia de todos os membros da família que residem no domicílio em fazer parte do SFA;Residir no município ou regi?o;N?o ter antecedentes criminais, comprometimento psiquiátrico e/ou dependência de substancias psicoativas (regra para todos os membros da família que residem no domicílio);Disponibilidade para participar do processo de forma??o inicial;Tempo para comparecer às atividades programadas pelo Servi?o de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) e para o acompanhamento sistemático da equipe técnica;Disponibilidade para atender às necessidades de cuidados da crian?a e/ou adolescente (levar e buscar na escola, visitas ao médico e outros profissionais, atividades extracurriculares, reuni?es escolares, entre outros);Comprometimento com a fun??o de prote??o até o encaminhamento da crian?a e/ou adolescente para a família de origem e/ou extensa ou família por ado??o.

Outras características também s?o consideradas:

Características como flexibilidade, disponibilidade e abertura ser?o fundamentais para uma pessoa poder se tornar parceira do Servi?o;Como política pública, o acolhimento em família acolhedora está orientado por leis, normativas e diretrizes claras que precisam ser respeitadas pelos acolhedores;Clareza em rela??o à motiva??o: desejo de se engajar em um servi?o de acolhimento provisório e n?o o desejo por filhos biológicos ou adotivos;Reconhecimento da provisoriedade do cuidado e do entendimento de que a crian?a ou adolescente n?o se tornará um membro da família;Abertura para o trabalho em equipe, já que a família acolhedora é acompanhada e orientada pela equipe do SFA;Respeito às diferen?as sociais, religi?es e/ou cren?as, diferen?as raciais, orienta??es sexuais, entre outras: a família deve ser tolerante às diferen?as e aberta a reflex?es e mudan?as.

2 de 2 Grava??es do Profiss?o Repórter com uma família acolhedora do Instituto Fazendo História — Foto: Profiss?o Repórter

Para se voluntariar, entre em contato com um servi?o de família acolhedora da sua cidade

Encontre um servi?o próximo no portal da Coaliz?o pelo Acolhimento em Família Acolhedora: https://familiaacolhedora.org.br/mapa/

Instituto Fazendo História

Na cidade de S?o Paulo, O Instituto Fazendo História, organiza??o sem fins lucrativos, atua há mais de 20 anos com crian?as e adolescentes acolhidos. A ONG tem parceria com a Prefeitura da cidade e recebe famílias voluntárias, que passam por uma série de entrevistas e análises até se tornarem famílias acolhedoras.

Atualmente, 21 famílias est?o aptas para receber crian?as de até 6 anos. O Profiss?o Repórter acompanhou o trabalho do Instituto e de famílias voluntárias que decidiram abrir suas casas para receber bebês e crian?as em situa??o de vulnerabilidade e que – por alguma raz?o - a Justi?a determinou o afastamento da família de origem.

Mais informa??es em https://www.fazendohistoria.org.br/familias-acolhedoras.