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Em semana decisiva de julgamento de Bolsonaro, Lula deve calibrar discurso para tentar evitar novas san??es dos EUA

Com a expectativa de desfecho nesta semana do ??resultado da quina de s jo?ojulgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve calibrar o discurso crítico ao tarifa?o diante do risco de novos atritos com o governo dos Estados Unidos.

A cautela, segundo auxiliares de Lula, deve ser adotada em especial durante a cúpula virtual do Brics — grupo de 21 países emergentes — da próxima segunda-feira (8), a fim de evitar que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha pretexto para novas san??es econ?micas ou contra autoridades do governo e do STF.

Há um mês está em vigor uma sobretaxa de 50% para produtos brasileiros entrarem nos EUA. Ao anunciar o tarifa?o, Trump exigiu que sejam encerrados os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), posi??o que Lula considera uma interferência na soberania nacional.

Na avalia??o do governo brasileiro, a posi??o congelou a negocia??o. Essa situa??o foi exposta por autoridades americanas em conversas com empresários brasileiros que foram aos EUA tentar uma negocia?ao focada em comércio.

Nesse contexto, a cúpula virtual do Brics requer cuidado para acertar o tom do discurso. A inten??o no entorno de Lula é buscar um tom calibrado para defender a soberania do país, criticar de forma geral a imposi??o de tarifas e defender o multilateralismo, mas sem atacar Trump diretamente.

A cautela se deve ao momento considerado crítico na rela??o com os EUA por causa do julgamento de Bolsonaro, com a expectativa de que novas san??es sejam anunciadas diante da possível condena??o do ex-presidente por tentativa de golpe.

O julgamento será retomado na ter?a-feira (9) com os votos dos ministros da Primeira Turma. Integrantes do governo trabalham com a possibilidade de que, em caso de condena??o de Bolsonaro, os EUA anunciem novas san??es.

A hipótese mais aventada aponta para atos contra autoridades brasileiras, sem novos impactos nas cadeias comerciais.

1 de 1 Montagem mostra Trump e Lula — Foto: Eduardo Munoz/Reuters; Ricardo Stuckert/Divulga??o via Reuters