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Serra da Estrela: ponto mais alto de Portugal tem paisagens e tradi??es marcantes, da neve ao queijo de ovelha, das aldeias à l?

A serra da Estrela é a grande montanha de Portugal. é a ela que a maioria dos portugueses associa a neve,??esmarcantesdaneveaoqueijodeovelhadasaldeiasàl?bingo de nomes para imprimir ainda que esta surja cada vez menos. é nela que nascem os principais rios do país, em meio a uma geografia agreste e à natureza abundante. Localizada na regi?o Centro de Portugal, a cerca de três horas de carro de Lisboa ou do Porto, parte do território da Estrela comp?e o primeiro parque natural de Portugal, criado em 1976, e ainda hoje a maior área protegida, com mais de 100 mil hectares. A exatos 1.993 metros de altitude, a Torre é o ponto mais alto de Portugal continental, onde fica a única esta??o de esqui. O Vinhos de Portugal, evento realizado pelos jornais O GLOBO, Valor Econ?mico e Público em parceria com a ViniPortugal será realizado em S?o Paulo entre os dias 13 e 15 de junho. Programa??o e venda de ingressos, acesse o site do evento A paisagem no planalto superior da serra da Estrela é como um polvilhado de rochedos de granito sobre o mato rasteiro e retalhos de neve e gelo, que o sol amea?a derreter em breve. Há lagoas entre as montanhas e lugares moldados pelo degelo dos glaciares, que desapareceram da regi?o há cerca de 14 mil anos. Um desses lugares é o vale glaciar do Zêzere, um dos maiores da Europa, com cerca de 11 quil?metros de extens?o. A partir da vila de Manteigas, percorremos a Estrada Nacional 338 até o cov?o d’Ametade, um fen?meno geológico também esculpido pelo glaciar e um dos pontos turísticos mais famosos pela beleza, ideal para fotografias entre as montanhas, e o túnel de árvores sobre o rio Zêzere, aqui ainda um regato mas que se fará um dos maiores rios portugueses e um importante afluente do célebre Tejo. Vale a pena subir pelo serpenteado da EN338 até o topo da Estrela. Vemos o horizonte fechar-se num biombo de serras e come?amos a perceber como, até há poucas décadas, este era um território de difícil acesso, o que contribuiu para preservar uma natureza rica e um patrim?nio histórico e cultural diversificado, que agora podemos conhecer gra?as a uma ampla oferta turística. a lagoa da Paix?o, parte da paisagem da Serra da Estrela esculpida pelos glaciares — Foto: Divulga??o Manteigas, o resgate do burel Durante séculos, a economia da serra da Estrela esteve muito ligada aos grandes rebanhos, sobretudo de ovelhas, mas também cabras. Hoje, eles s?o menores, mas ainda podem ser encontrados com frequência durante um passeio pela serra. Em Manteigas, por exemplo, é possível visitar a Burel Factory e saber mais sobre a importancia histórica da indústria dos lanifícios na Estrela, além de Isabel Dias e Jo?o Tomás que, em 2006, trocaram Lisboa pela cria??o do alojamento Casa das Penhas Douradas. Assim, contribuíram para o resgate do burel, um tecido grosso e impermeável feito com l?, típico da serra da Estrela e muito utilizado nas capas dos pastores. — A engenheira Isabel decidiu fazer a decora??o do hotel com burel e houve a necessidade de criar um ateliê numa antiga empresa de lanifícios chamada Império, datada de 1947 — conta Celina durante uma visita guiada à Burel Factory. O sucesso do uso inovador do tecido em objetos de decora??o foi t?o grande que Isabel e Jo?o Tomás criaram uma marca e comercializaram novos produtos, com cores, formatos e texturas contemporaneas. Em 2011, pouco depois de terem aberto a primeira loja em Lisboa, a Império faliu. O casal decidiu comprar as máquinas e o estoque, manter alguns dos trabalhadores e continuar o projeto, agora instalado numa outra antiga fábrica de lanifícios. Ao longo da visita à Burel Factory, vamos descobrindo os diferentes passos de transforma??o da l?, assistimos ao trabalho das máquinas de tecelagem, passamos pela área de controle de qualidade e inova??o, e terminamos na loja, entre mochilas, puffs, casacos e mantas. Covilh?, da l? à street art Em Covilh?, a maior cidade na serra da Estrela, com cerca de 34 mil habitantes e a única universidade, continuamos em terras de l? e de produ??o têxtil. Em 1940, cerca de 60% dos tecidos portugueses eram produzidos na Covilh?. Chegaram a existir mais de 140 fábricas, que davam emprego a cerca de 8.500 trabalhadores, até a produ??o come?ar a cair rapidamente nos anos de 1970-1980 com o acesso facilitado a novos mercados no exterior. Hoje, restam poucas fábricas de lanifícios e confec??es em funcionamento. Na J. Gomes, empresa fundada em 1976 para fazer a reciclagem do desperdício têxtil das fábricas, atualmente s?o produzidos fios reciclados, um trabalho que resultou na cria??o de uma marca própria de roupas, a Ri-peter, para provar que os tecidos feitos com estes fios s?o mais sustentáveis e de qualidade. Vale a pena visitar as duas unidades da empresa para conhecer os processos e produtos criados a partir de tecidos que iriam para o lixo. Cachecóis, meias e camisas est?o à venda na fábrica ou n’A Tentadora, loja que recuperou o nome e os móveis de uma antiga mercearia para vender produtos locais, marcas tradicionais portuguesas, e pe?as criadas por artes?os da regi?o. A loja foi criada por Elisabet e Pedro Seixo Rodrigues, casal que ao lado da irm? de Pedro, Lara Seixo Rodrigues, fundaram o WOOL, o primeiro festival de arte urbana da regi?o Centro de Portugal, em 2011. Desde ent?o, já foram pintados mais de 60 murais nas paredes da cidade, a maioria no centro histórico. Este ano, o WOOL será realizado entre 21 e 29 de junho. Queijo de ovelha e p?o de centeio Um dos produtos mais ic?nicos da serra da Estrela, além da l?, é o queijo, tido como o mais antigo e reconhecido em Portugal. Tradicionalmente, o queijo serra da Estrela é produzido com leite cru de ovelhas Bordaleira e Churra Mondegueira, as duas ra?as autóctones da regi?o, e tem uma cor amarelada e sabor intenso, podendo ser de pasta amanteigada (mais popular) ou mais seco e curado. A Quinta Agrícola dos Arais é uma das queijarias com Denomina??o de Origem Protegida (DOP), o que significa que n?o entra outro tipo de leite em um processo de fabrica??o que mantém as técnicas e rituais ancestrais, com a coalhada feita artesanalmente com pétalas da flor do cardo. Aos 28 anos, Célia Silva decidiu seguir os passos dos avós e, de outubro a julho, produz cerca de 50 queijos por manh?. A visita às ovelhas da quinta, queijaria e prova custa 12€, com a possibilidade de fazer outros programas customizados. Já em Videmonte, que tal como Vide Entre Vinhas e Manteigas integra a rede das Aldeias de Montanha, a comunidade tenta recuperar a tradi??o do centeio, cereal que no passado ocupou grande parte dos terrenos agrícolas mais altos da serra. Além do Festival P?o Nosso, habitualmente no início de agosto, é possível fazer um workshop de p?o de centeio com Manuel Proen?a no projeto Vim do Monte (por marca??o prévia). A prova gastron?mica dos sabores da serra continua pelos restaurantes da regi?o, entre pratos que homenageiam os cogumelos selvagens, os embutidos, o cabrito no forno ou a chanfana, um guisado tradicional criado para aproveitar a carne de cabra velha. A Casa Cunha Leal, em Alcaide, foi transformada em restaurante por Roberto e Ana Lúcia Baptista, um casal jovem que deixou o litoral para construir uma cozinha contemporanea inspirada nas receitas e produtos locais. O alojamento The Vagar Country House tem abrigos de montanha com vista para os picos nevados da serra da Estrela — Foto: Divulga??o Aldeias históricas Sortelha é uma das 12 aldeias históricas de Portugal e uma joia medieval erguida em pedra. Ocupado por romanos, visigodos e mu?ulmanos até a Reconquista crist?, recebeu foro em 1228, que foi renovado em 1510. S?o muitos os vestígios que se mantêm dessa época, como o castelo e a sua torre de menagem, o casario aninhado entre as muralhas, incluindo a antiga casa da camara e cadeia, o pelourinho, a igreja matriz, o forno comunitário ou os vestígios de sepulturas antropomórficas. Foi em Sortelha que Isabel Martins aprendeu a arte de entrela?ar os fios de bracejo, uma planta que cresce pela serra, para criar pe?as de artesanato, como tapetes, marcadores de pratos, chapéus ou carteiras. A técnica ancestral já “estava muito esquecida” quando ela, de volta à aldeia de Malcata após viver em Santa Maria da Feira, decidiu fazer um curso em Sortelha e se apaixonou por essa arte. Hoje, podemos encontrar Isabel na associa??o Malcata com Futuro, onde existem várias pe?as para venda, em feiras de artesanato ou online com o projeto Brace’Arte. — é uma terapia — conta Isabel. — Foi a melhor coisa que encontrei nos últimos anos da minha vida. As aldeias históricas, todas localizadas neste território da serra da Estrela e regi?o fronteiri?a da Beira Interior, guardam interessantes vestígios dos primeiros séculos da portugalidade e preservam marcas do espírito comunitário, tradi??es e lendas dos povoados. Em Castelo Novo, por exemplo, ainda vivem no centro histórico entre muralhas cerca de cem pessoas, incluindo crian?as. Por entre o casario e as ruas estreitas e labirínticas destacam-se grandes casas senhoriais, o que resta do castelo, a lagari?a ou o monumental chafariz da bica, no largo que é também a “sala de visitas” de Castelo Novo, onde decorrem as principais festas do povoado. Vale a pena visitar ainda Belmonte, aldeia onde nasceu Pedro álvares Cabral. Ela mantém a maior comunidade judaica do país, que conseguiu na regi?o encontrar refúgio e capacidade de resistência aos séculos de persegui??o religiosa. Muito perto do povoado, no alto do Monte da Esperan?a, abriu em plena pandemia o alojamento The Vagar Country House, instalado na antiga casa de férias dos Condes de Caria, integralmente recuperada. Para além do aconchego do ambiente interior, o conceito de slow living, em conex?o com a natureza, continua lá fora entre a piscina, a sala de massagens, a fogueira ou os trilhos que percorrem parte dos 245 hectares da propriedade. Em mar?o, abriram para reservas os três novos abrigos de montanha, isolados no topo da encosta, com lareira no interior e jacuzzi do lado de fora. A vista é aberta ao vale e, ao fundo, est?o os picos nevados da serra da Estrela para apreciar. O Vinhos de Portugal 2025 é uma realiza??o dos jornais O GLOBO, Valor Econ?mico e Público, em parceria com a ViniPortugal, com a participa??o do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto; apoio das Comiss?es de Vinho do Alentejo, D?o, Lisboa, Tejo, Vinhos Verdes, Herdade do Peso, Turismo de Portugal, Agência Regional de Promo??o Turística Centro de Portugal, Shopping Leblon e Sadia, hotel oficial Fairmont Rio (RJ), água oficial águas Prata, cia. aérea oficial Azul, assessoria de imprensa InPress Porter Novelli, local oficial Jockey Club Brasileiro (RJ), loja oficial Porto Di Vino, rádio oficial CBN e curadoria Out of Paper. Mais recente Próxima Vinhos de Portugal chega a SP: confira curiosidades sobre as regi?es produtoras para fazer bonito em conversas sobre a bebida Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ 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