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Cidade mais violenta da Amaz?nia fica no Pará e é marcada por conflitos de terra, aponta estudo

1 de 1 Floresta do ?niaficanoParáeésu marido dice ya no se que hacer con ellaAraguaia, no Pará — Foto: Reprodu??o / Agência Pará

A cidade mais violenta da Amaz?nia Legal fica no sul do Pará - Floresta do Araguaia, município com 17,8 mil moradores, com taxa de 128,6 homicídios a cada cem mil habitantes. Entre as dez cidades com piores índices, seis est?o no estado.

O dado é referente ao período de 2020 a 2022, parte do levantamento "Cartografias da Violência na Amaz?nia", do Fórum Brasileiro de Seguran?a Pública, divulgado nesta quinta-feira (30).

A Amaz?nia Legal é uma área delimitada em 1953 por lei federal com o objetivo de criar políticas para o desenvolvimento socioecon?mico da regi?o. é formada por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rond?nia, Roraima, Tocantins e por parte do Maranh?o, num total de 772 municípios.

Floresta do Araguaia fica às margens do rio Araguaia, fazendo fronteira com o estado do Tocantins. A economia do município é bastante relacionada a pecuária, agricultura e minera??o.

Na regi?o há uma terra indígena e assentamentos rurais, que contabilizam ao menos treze conflitos fundiários e agrários, com procedimentos extrajudiciais em tramita??o em 2020, segundo o FBSP.

O estudo aponta ainda que a regi?o de Reden??o, onde o município de Floresta do Araguaia se localiza, é objeto de disputas de fazendeiros que atuam com cria??o de gado e madeireiros.

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Pará no ranking da violência

O estudo aponta ainda que entre as dez cidades com maiores índices de violência seis est?o no Pará - veja no ranking abaixo.

Dez cidades mais violentas da Amaz?nia Legal no triênio 2020-2022

Floresta do Araguaia (PA)Cumaru do Norte (PA)Aripuan? (MT)Alto Paraguai (MT) Mocajuba (PA)Anapu (PA) Novo Progresso (PA) S?o José do Rio Claro (MT)Abel Figueiredo (PA)Nova Maringá (MT)

Os dados levam em considera??o os registros de quatro crimes: homicídio doloso, latrocínio, les?o corporal seguida de morte e mortes em decorrência de interven??o policial.

No caso da cidade Cumaru do Norte, que fica ao longo da rodovia PA-287, é um município que abriga áreas protegidas como a Terra Indígena Kayapó e "possui uma lógica de ocupa??o territorial que imp?s degrada??o da natureza, sobretudo pelo desmatamento", aponta o estudo. A taxa na cidade é de 128,5 mortes a cada cem mil habitantes.

Dentro da área indígena há o garimpo Maria Bonita, onde muitos assassinatos foram registrados nos últimos anos.

Documentos da Funda??o Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apontam que o garimpo ilegal está na ativa desde os anos 1980. Em junho de 2023, uma opera??o da Polícia Federal fechou seis garimpos ilegais na cidade. à época, foram resgatados 24 trabalhadores em situa??o semelhante à escravid?o.

Outro ponto levantado pelo estudo do FBSP é que em Cumaru do Norte há disputa de fac??es criminosas, o "que tem ampliado os registros de homicídios, tanto por confronto quanto por puni??o de integrantes dos 'tribunais do crime'".

Já em Mocajuba, com taxa de 108,0 mortes a cada cem mil moradores, o FBSP aponta aumento significativo de homicídios, inclusive com casos de execu??o e confrontos com policiais, marcado pela chegada também de fac??o criminosa ligada ao tráfico de drogas.

Outra cidade que aparece no ranking é Anapu (com taxa de 100,0) nas margens da rodovia BR-230, a Transamaz?nica, marcada por conflitos fundiários e assassinatos de lideran?as ligadas à quest?o fundiária, grilagem de terras e extra??o ilegal da madeira, além da "pistolagem".

O estudo também cita Novo Progresso (99,9), que figura entre entre os municípios mais desmatadores da Amaz?nia; e Abel Figueiredo (99,5), com muitos homicídios ligados à quest?o fundiária e explora??o ilegal da madeira.

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