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Ibovespa recua com bancos, de olho no cenário político de Brasil e Argentina Finan?as Valor Econ?mico.txt
O Ibovespa recua nesta segunda-feira,áriopolíticodeBrasileArgentinaFinan?asValorEcon?roleta misteriosa de desafios pressionado pelas a??es de bancos, em um possível movimento de corre??o, enquanto investidores acompanham o cenário político no Brasil e na Argentina. Em meio às incertezas em torno do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), os agentes reagem a uma piora na percep??o de risco na Argentina, após a derrota do presidente Javier Milei nas elei??es da província de Buenos Aires. Por volta das 13h, o Ibovespa cedia 0,78%, aos 141.527 pontos, com máxima em 143.485 pontos, enquanto a mínima foi de 141.527 pontos. O volume financeiro projetado para o índice na sess?o é de R$ 10,9 bilh?es. O índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, derretia 10,61%. Em Nova York, o Dow Jones operava em alta 0,02%; o S&P 500 ganhava 0,22%; e o Nasdaq tinha alta de 0,63%. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Segundo participantes do mercado, a liquidez segue baixa diante da ausência de notícias locais e da expectativa pelas decis?es dos ministros do STF sobre o destino de Bolsonaro. Um agente destacou a piora no ambiente institucional após o governador de S?o Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticar o ministro Alexandre de Moraes em ato no fim de semana, defendendo a anistia a Bolsonaro. O julgamento será retomado nesta ter?a-feira. Na Argentina, Milei reconheceu neste domingo a “clara derrota” de seu partido nas elei??es legislativas da província de Buenos Aires, que representa mais de um ter?o do eleitorado nacional. A vota??o é vista como chave para medir a popularidade do governo. Isso levou o índice Merval a recuar 13% na abertura dos negócios. “Existe a leitura de que a onda à direita pode perder for?a. O efeito da mudan?a na Argentina foi bastante emblemático nos mercados desde o ano passado e, mesmo que seja um efeito marginal, n?o pode ser totalmente desconsiderado”, diz um gestor, na condi??o de anonimato. Entre as quedas relevantes do mercado acionário argentino est?o os bancos Patagonia (-11,08%) e Galicia (-20,10%), que podem estar contaminando os papéis das institui??es locais, aponta outro gestor. Assim, a a??o preferencial de Itaú caía 1,12%; Bradesco PN cedia 0,99%; Banco do Brasil ON perdia 1,65% e units do BTG recuavam 1,64%. O movimento também é visto como uma corre??o após a forte alta registrada na sexta-feira, em que a valoriza??o ajudou o índice a bater novo recorde de fechamento. As a??es ligadas à economia doméstica lideram as perdas no preg?o, com destaque para CVC ON, que recuava 4,05%, em um preg?o de forte volatilidade dos juros futuros. O índice Small Caps recuava 1,01%, aos 2.233 pontos, indicando uma queda mais acentuada das empresas de menor capitaliza??o de mercado. Do lado positivo, Raízen subia 7,81%, após a companhia reiterar que tem avaliado alternativas estratégicas de capitaliza??o. Apesar do desempenho negativo da bolsa hoje, a vis?o de longo prazo segue bastante positiva, já que os pre?os das a??es continuam atrativos mesmo após a recupera??o em rela??o ao fechamento do ano passado, avalia Roberto Knoepfelmacher, sócio e head de a??es da Vinci Compass. Em um intervalo de 12 meses, os pre?os das a??es têm variado muito pouco, enquanto as empresas seguem gerando lucros, afirma o gestor. “O P/L está na casa de 8,5x, muito abaixo da média histórica, que é mais próxima de 11x, um patamar que só se observa em momentos de crise profunda, como na época do Lehman Brothers. Atualmente, está historicamente barato, inclusive na compara??o com pares internacionais, estando entre as bolsas mais baratas sob essa mesma rela??o”, destaca. Por outro lado, o profissional ressalta que, para a bolsa deixar de estar descontada, será preciso algum catalisador e, neste caso, é queda dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo Knoepfelmacher, os números de infla??o têm surpreendido positivamente, refletindo a perda de for?a do dólar frente a outras moedas e a queda nos pre?os das commodities. Diante desse cenário, a gestora projeta que o ciclo de cortes do Banco Central comece em dezembro. Nesse contexto, a Vinci Compass tem aumentado a posi??o em empresas cíclicas domésticas. Entre os setores, as carteiras d?o preferência ao setor elétrico e ao saneamento, que historicamente performam bem em momentos de queda de juros. As empresas com maior peso no portfólio s?o Equatorial e Eletrobras e, na constru??o civil, a gestora aposta em Cyrela.
