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Em vigor há um mês, 'tarifa?o' dos EUA provoca demiss?es em fábricas de cal?ados em Franca, SP

Um mês após o início do áummêstarifa?odosEUAprovocademiss?esemfábricasdecal?jogo de carro velozes e furiosos 7"tarifa?o" imposto pelos Estados Unidos, o setor cal?adista de Franca (SP) já sente os primeiros efeitos da medida.

Indústrias locais relatam demiss?es, férias coletivas e pedidos suspensos.

O decreto assinado pelo presidente Donald Trump em 30 de julho elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, incluindo cal?ados, e entrou em vigor em 6 de agosto.

Um mês após o início do "tarifa?o" imposto pelos Estados Unidos, o setor cal?adista de Franca (SP) já sente os primeiros efeitos da medida. Indústrias locais relatam demiss?es, férias coletivas e pedidos suspensos.

O decreto assinado pelo presidente Donald Trump em 30 de julho elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, incluindo cal?ados, e entrou em vigor em 6 de agosto.

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Dados do Ministério da Exporta??o mostram que, entre junho e agosto de 2025, as exporta??es de Franca para os EUA somaram US$ 5,7 milh?es, ligeiramente abaixo dos US$ 5,9 milh?es registrados no mesmo período do ano passado.

Apesar da queda no comparativo recente, de janeiro a agosto houve crescimento de 14,2% frente a 2024, passando de US$ 14,2 milh?es para US$ 16,2 milh?es. Os Estados Unidos s?o o principal destino internacional dos cal?ados francanos.

1 de 3 'Tarifa?o' dos EUA completa 1 mês e já provoca demiss?es em fábricas de cal?ados em Franca, SP — Foto: Lindomar Kailton | EPTV

Estoques parados e demiss?es

Na prática, fábricas especializadas no mercado americano já reduziram drasticamente a produ??o. Em uma indústria do município, apenas uma das quatro linhas de moldagem continua ativa.

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Segundo o diretor industrial José Aparecido da Silva, 22 trabalhadores foram demitidos e 60% do quadro está em férias coletivas.

“Nós tivemos algumas demiss?es, tem um pessoal que tá cumprindo aviso, além das férias que nós estamos dando. Tem 60% dos nossos funcionários em férias coletivas para a gente poder ir girando e tentando contornar e esperar que tenha resultado, que tenha algum acerto. Tá muito crítico, muito difícil de administrar”, afirmou.

Na expedi??o da mesma empresa, cerca de 18 mil pares de sapatos permanecem estocados. O impacto no pre?o final ajuda a explicar o cenário: um par que custava US$ 32,50 ao consumidor americano antes do tarifa?o, agora chega a US$ 47,55.

Para atender exigências do mercado norte-americano, muitas fábricas investiram em trabalhadores especializados em costura manual. Agora, com a queda nos pedidos, há risco de perda dessa m?o de obra.

“é muito difícil formar profissionais com esse nível de comprometimento. Se essa m?o de obra for embora, nós temos um grande problema”, disse o agente de exporta??o Júlio Schreck.

2 de 3 'Tarifa?o' dos EUA completa 1 mês e já provoca demiss?es em fábricas de cal?ados em Franca, SP — Foto: Lindomar Kailton | EPTV

Ele afirma ainda que compradores dos EUA têm tentado renegociar contratos, mas que a divis?o da tarifa, metade bancada pelas indústrias brasileiras, metade pelos importadores, é inviável:

“Essa proposta da divis?o desse tarifa?o, de 25% para cada lado, é inviável hoje para o mercado brasileiro, porque as fábricas n?o têm essa margem, mesmo concedendo algum desconto, certamente as fábricas já tirar?o do seu capital de giro para bancar, pra n?o perder o mercado, e isso sem a garantia de que o cliente vai aceitar né. Ent?o a gente está nesse impasse que é muito grave.”

Alternativas e medidas do governo

Para tentar reduzir os impactos, o governo federal anunciou linhas de crédito, maior prazo para pagamento de impostos e até restitui??es para os setores atingidos.

O economista Kléber Galerani avalia que o desafio é grande, mas há alternativas.

“Cortar custos, acessar crédito, buscar novos mercados e até realocar parte da produ??o no mercado interno s?o caminhos possíveis para a sobrevivência, principalmente das pequenas e médias empresas”, disse.

Em 2024, Franca exportou US$ 22 milh?es em cal?ados para os Estados Unidos. De janeiro a julho de 2025, 19% da produ??o local teve como destino o mercado americano.

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*Sob supervis?o de Helio Carvalho

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