C?o-rob? Yellow que pode detectar vazamentos de gás auxiliou equipe de seguran?a no The Town; entenda como funciona equipamento

Um jornal de bra?os dados com o Rei Momo no carnaval carioca

O GLOBO nasceu com o espírito do resultado do jogo do bicho das 19 horas para todos bahiatempo do carnaval moderno. Na década de 1920, surgiram as duas escolas de samba mais emblemáticas do país, que desfilam até hoje: Portela (1923) e Mangueira (1928). Intelectuais se juntavam a gente do morro e do subúrbio para prestigiar a festa. No mesmo ano da funda??o da Esta??o Primeira, Oswald de Andrade lan?ou o “Manifesto Antropofágico”, dizendo que “Nunca fomos catequizados. Fizemos foi carnaval”. O jornal que agora comemora o centenário n?o só deu espa?o a blocos, corsos, ranchos, desfiles de fantasias, bailes e grandes sociedades, mas ajudou a inventar o carnaval no formato que vemos hoje. Foi o único veículo a noticiar a primeira competi??o entre as escolas de samba, em 1932, iniciativa do jornalista Mário Filho para o jornal Mundo Sportivo, do qual era proprietário. Mário Filho era amigo de Roberto Marinho e editor de Esportes do GLOBO. No ano seguinte, O GLOBO organizou o desfile, com 35 agremia??es, 25 inscritas e dez que se apresentaram extraoficialmente. A campe? foi a Mangueira, com o enredo “Uma segunda-feira do Bonfim, na Ribeira”. Bastidores: a história por trás da escolha do nome O GLOBO em 1925Aquecimento global: China e Brasil est?o criando solu??es para resistir ao calor extremo Baile na Serra O GLOBO caiu na folia antes mesmo de nascer. Seu fundador, Irineu Marinho (1876-1925), promovia bailes na propriedade da família em Corrêas. No carnaval de 1924, a festa foi animada pela orquestra dos Oito Batutas, liderada por Pixinguinha e Donga. A capa da segunda-feira de carnaval de 1926 foi dedicada exclusivamente à farra de Momo. Ao centro, estava o desenho do cartunista Raul Pederneiras: uma mulher de pernas e ombros de fora, bra?os abertos e uma ta?a de bebida na m?o esquerda, com foli?es ao redor. A manchete dizia “Evohé”, e a chamada dava um recado aos pessimistas: “O Carnaval n?o morreu!” Nos últimos cem anos, os blocos sofreram a concorrência de outras agremia??es, mas contaram sempre com o GLOBO. Em janeiro de 1926, uma nota sobre os integrantes do Bola Preta dizia que “as festas que v?o efetuar em homenagem ao Reinado de Momo deixar?o decerto uma enorme saudade nos foli?es”. No regime militar (1964–1985), o carnaval de rua andou em baixa, mas jamais foi esquecido pelo jornal, que publicou na capa de 16 de fevereiro de 1972: “Os blocos semi-oficiais, como o Bafo da On?a, Cacique de Ramos e Boêmios de Irajá, deram, hors-concours, uma verdadeira li??o de samba”. Neste século, o jornal foi criou o Prêmio Serpentina de Ouro, chamado na primeira edi??o, em 2011, de Prêmio O GLOBO de Blocos. Em 2025, uma ferramenta de busca no site ajudou os foli?es de Rio e S?o Paulo a escolher em que bloco sair. Primeira página do GLOBO no carnaval de 1929. — Foto: Reprodu??o O GLOBO acompanhou a transforma??o do carnaval com faro jornalístico para destacar novidades. Exemplo disso é a foto do minueto do Salgueiro na Avenida Presidente Vargas, na capa de 27 de fevereiro de 1963. A dan?a de estilo aristocrático era parte do enredo “Xica da Silva”, de Arlindo Rodrigues, sobre a ex-escrava que passa a esbanjar luxo após a uni?o com o poderoso Jo?o Fernandes de Oliveira. Puristas reclamaram, mas a vermelho e branco foi campe? sozinha pela primeira vez, e o destaque na imprensa incentivou a moderniza??o. Nove anos depois, surgia o Estandarte de Ouro. Inicialmente, o principal objetivo (mantido até hoje) do prêmio era valorizar o sambista individualmente. O elogio à renova??o conviveu bem com a tradi??o desde a estreia do Estandarte, em 1972. A primeira vencedora na categoria Comunica??o com o Público (n?o havia o troféu de Melhor Escola) foi o Império Serrano, que fugiu do estilo tradicional com o samba-enredo “Al?, al?, taí Carmen Miranda”, de letra curta, com gírias da época: “Que grilo é esse / Vou embarcar nessa onda…”. As alegorias surpreenderam pelo colorido, num tempo em que predominavam apenas as cores das escolas. Inova??es premiadas Mestre André, da Mocidade, igualmente inovador com as paradinhas que hoje s?o regra na Sapucaí, foi tricampe?o, ganhando nas categorias Melhor Bateria (1974 e 1976) e Destaque Masculino (1975). Quando Jo?osinho Trinta p?s destaques em cima dos carros, algo incomum em 1974, seu Salgueiro levou os prêmios de Melhor Escola e Enredo (“O rei de Fran?a na Ilha da Assombra??o”, em parceria com Maria Augusta) e Fantasias. Sua maior ousadia viria na Beija-Flor, com “Ratos e urubus… larguem minha fantasia”, em 1989. O carnavalesco virou pelo avesso o que ele próprio fazia: em vez de luxo, componentes maltrapilhos; em vez de Jesus sob manto de reverência, um Cristo Mendigo. O júri oficial tirou pontos da azul e branco de Nilópolis, que foi vice; o Estandarte de Ouro a consagrou com os troféus de Melhor Escola, Enredo, Mestre-Sala e Personalidade (Jo?osinho). Em 1985, o júri deu ao carnavalesco Fernando Pinto um prêmio extra pela criatividade em “Ziriguidum 2001”, na Mocidade: fantasias e alegorias mostravam foli?es em naves espaciais, brincando nos planetas do Sistema Solar. A inova??o de Paulo Barros e seu carro do DNA, na Unidos da Tijuca, também foi premiada, em 2004, seis anos antes de o artista levar o título. —Tradi??es e modernidades sempre dialogaram no Estandarte de Ouro, buscando um equilíbrio entre o que somos e o que seremos — afirma Felipe Ferreira, jurado desde 2007, professor do Programa de Pós-Gradua??o em História da Arte da Uerj, com pós-doutorado pela Universidade Sorbonne e autor, entre outros, do “Livro de ouro do carnaval brasileiro”. Marcelo de Mello é editor-assistente de Opini?o, presidente do júri do Estandarte de Ouro, mestre em comunica??o pela UFF e autor dos livros “O enredo do meu samba” e “Por que perdeu?”. Este conteúdo faz parte do especial em comemora??o pelo centenário do jornal. Acesse a página O GLOBO 100 anos para ver mais reportagens. Mais recente Próxima Amado e temido, o Bonequinho do GLOBO fez história Um Século de Histórias Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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