BBCcom_Content_Index_for_March_26_2018.txt
Solu??es baseadas na natureza podem trazer valor a investidores, diz banco suí?o Um só planeta Valor Econ?mico.txt
Em um mundo que enfrenta as crescentes crises das mudan?as climáticas,??esbaseadasnanaturezapodemtrazervalorainvestidoresdizbancosuí?oUmsóplanetaValorEcon?cálculo probabilidade quina perda de biodiversidade e polui??o, um novo paradigma está emergindo: a transi??o para uma economia positiva em rela??o à natureza. Neste contexto, o banco suí?o Lombard Odier, especializado em gest?o de fortunas, publicou um relatório recente convidando clientes e o mercado financeiro a “Repensar a natureza”, o qual o Prática ESG teve acesso em primeira-m?o. No documento, a institui??o traz dados científicos e constata??es para refor?ar que os limites planetários est?o mudando rapidamente e que é preciso que investidores destravem cria??o de valor a partir da economia “nature-positive”, ou seja, negócios que tenham impacto positivo à natureza e n?o poluem a atmosfera, o que acelera o aquecimento global. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Para Nathalie Chanteclair, especialista em Sustentabilidade e Desenvolvimento de Negócios do banco, é grande a gama de ativos disponíveis no mercado financeiro nos quais os investidores podem aplicar para ajudar a financiar as mudan?as para economia verde - e aproveitar as oportunidades de ganhos com essa transi??o. Os instrumentos já s?o conhecidos - ativos públicos, como a??es negociadas em bolsa de valores, ativos privados, como emiss?es de dívida corporativa ou compra de participa??o, até investimentos em plataformas coletivas que financiam projetos mais arriscados, porém com possibilidade de causar alto impacto socioambiental positivo, entre outras op??es. Mas, principalmente, destacou a especialista, que essas op??es com foco em uma nova economia est?o transformando a natureza em uma nova classe de ativos, criando valor e oportunidade de diversifica??o de carteiras de investimentos. “Dentro dos ativos listados, vemos oportunidades em empresas que buscam aproveitar o poder regenerativo da natureza, apoiar a sua preserva??o através do controle da polui??o e destaca a necessidade urgente dessa mudan?a, enfatizando a integra??o dos ativos naturais nos processos econ?micos para promover a sustentabilidade e a resiliência”, comenta Chanteclair no relatório. Porém, para ela, há uma consciência crescente de que bens naturais e servi?os carregam valor econ?mico. “Isso está criando as condi??es para investimentos em regenera??o, redu??o da polui??o, gest?o de recursos naturais e transi??o para uma economia mais circular e com menos resíduos indo para aterros sanitários”, destaca a especialista do Lombard Odier. Solu??es “ganha-ganha” O documento ressalta que a natureza está sendo destruída a uma taxa alarmante, com limites planetários críticos sendo ultrapassados. De acordo com o Stockholm Resilience Centre, seis dos nove limites, incluindo mudan?as climáticas e extin??o de espécies, já foram transgredidos. A Organiza??o das Na??es Unidas para Agricultura e Alimenta??o (FAO) estima que um ter?o da terra do mundo está degradada, levando a uma queda significativa nos servi?os ecossistêmicos essenciais. Para combater esses desafios, o relatório identifica estratégias-chave para a transi??o para uma economia positiva em rela??o à natureza. Isso inclui a restaura??o e regenera??o de ecossistemas, controle eficaz da polui??o e gest?o sustentável de recursos. O Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, adotado por 196 países, estabelece metas ambiciosas para interromper a perda de biodiversidade e restaurar ecossistemas degradados até 2030. No relatório, o banco suí?o aponta que os investidores s?o hoje apresentados a uma oportunidade única de desbloquear valor a partir de solu??es baseadas na natureza. Ao focar em práticas regenerativas, aproveitar mecanismos de mercado como a precifica??o de carbono e fomentar parcerias público-privadas, o capital pode ser direcionado para iniciativas sustentáveis que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a economia. é um ‘ganha-ganha”. A sugest?o do banco é que os investidores se concentrem em empresas e projetos que se envolvam na agricultura, silvicultura e aquicultura regenerativas, que proporcionam retornos financeiros e contribuem positivamente para o ambiente. A aquicultura sustentável, por exemplo, é colocada como uma atividade importante nos ecossistemas oceanicos e na “economia azul”. Segundo a FAO, em 2020, a produ??o de animais aquáticos chegou a 87,5 milh?es de toneladas, especialmente voltada para alimenta??o humana. E os peixes s?o fontes de proteína mais eficientes do que carne bovina, de porco e frango, por emitir menos gás carb?nico e usar menos água na sua produ??o. Outra frente promissora para investidores é a das práticas regenerativas. O relatório cita como case de sucesso a produ??o de café a partir de práticas sustentáveis em larga escala, e a convers?o de minas de carv?o desativadas em West Virginia (Estados Unidos) em campos de lavanda. “Muitos casos envolvem áreas degradadas adquiridas a baixo custo e que recebem investimentos para o desenvolvimento de um novo negócio”. A China também é apontada como um dos países que mais investe em regenera??o, com mais de 425 mil quil?metros de área restaurada - o equivalente a uma “Suécia” - entre 2001 e 2021, taxa de crescimento de 24%, de acordo com o Banco Mundial. O material destaca ainda que florestas geridas de forma sustentável fornecem bens e servi?os que atendem a necessidades presentes e futuras, ao passo que protegem os ecossistemas. Empresas de papel e celulose, por exemplo, têm fornecido produtos sustentáveis para a constru??o civil, embalagens, indústria farmacêutica e têxtil, além da indústria automobilística e materiais para a produ??o de energia a partir de biomassa. O banco suí?o pontua que a utiliza??o da tarifa??o do carbono e outros incentivos econ?micos pode ajudar a atribuir valor aos ativos naturais, incentivando investimentos na sua prote??o e regenera??o. “Esta abordagem integra a natureza nos processos econ?micos, direcionando o capital para práticas sustentáveis.” Além disso, traz que as colabora??es entre entidades públicas e investidores privados podem aumentar a escala e o impacto das solu??es baseadas na natureza, o que pode dar ainda mais robustez ao cenário de investimento e atrair, por sua vez, mais capital interessado em aproveitar essas oportunidades. Tecnologia Para o banco Lombard Odier, os avan?os tecnológicos desempenham um papel crucial nessa transi??o. Inova??es em agricultura de precis?o, gest?o de resíduos e análise de dados est?o permitindo um uso mais eficiente dos recursos e reduzindo os impactos ambientais. Entre as tecnologias inovadoras para gest?o de polui??o est?o, por exemplo, métodos de biofiltra??o que usam plantas e microrganismos para limpar o ar, bem como purificadores eletrostáticos revestidos com tubos microscópicos de carbono para remover partículas minúsculas do ar. O uso de ferramentas de análise e monitoramento de dados pode melhorar a tomada de decis?es na gest?o de recursos, permitindo estratégias de conserva??o mais eficazes e práticas sustentáveis ?? à medida que o custo das tecnologias sustentáveis ??diminui, torna-se mais viável para as empresas adotarem práticas amigas do ambiente, promovendo assim uma mudan?a em dire??o à sustentabilidade em vários setores. O relatório ainda destaca a importancia de reconhecer o valor econ?mico dos ativos e servi?os naturais e dita algumas estratégias-chave para a transi??o para uma economia positiva para a natureza.
