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Máquina de 'dessaliniza??o' das águas é instalada no Arquipélago do Bailique, no AP

1 de 3 Maquina de dessaliniza??o de águas busca amenizar consequências da estiagem em comunidades — Foto: Marcia do áquinadedessaliniza??odaságuaséinstaladanoArquipéquina 5988Carmo/GEA

O distrito do Arquipélago do Bailique, no litoral amapaense, é um dos locais atingidos pelo período de estiagem e saliniza??o das águas. Por conta disso, uma máquina de dessaliniza??o foi enviada para uma das comunidades do local e pretende se expandir às demais.

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Cerca de 50 famílias est?o sendo abastecidas com a água que se torna potável através da máquina. A instala??o é realizada pela Companhia de água e Esgoto do Amapá (Caesa).

A a??o que iniciou no sábado (16) e seguiu até domingo (17), atendeu 22 localidades e distribuiu cerca de 60 litros da água potável.

Com o intuito de se estender à outras áreas do distrito, nesta segunda-feira (18), os servi?os foram iniciados em comunidades próximas à Vila Progresso, localizado após a comunidade Maranata.

Ao total, cerca de 130 mil litros de água ser?o distribuídos aos moradores de 14 locais ao norte do Bailique, s?o eles:

Campo do Jord?o;Maranata;Equador;Filadélfia;Bom Sossego;Iga?aba;Eluzai;Bom Amigo;Monte Carlos; S?o Pedro do Bailique;Marrequinha;Ilha Vitória;Bailique Grande;Igarapé do Meio.

O chefe do Núcleo Administrativo e Operacional da Caesa, José Góes, explicou que a máquina foi instalada na localidade há cerca de um mês.

"Estamos acompanhando diariamente os resultados técnicos, pois, precisamos analisar a qualidade da água, o funcionamento dos filtros e outros. Até o momento temos dados satisfatórios”, contou.

Funcionamento da máquina

Diariamente, a máquina alcan?a 2,5 mil a 3 mil litros, sendo 250 a 300 litros por hora, sendo 10 horas de trabalho a cada 10 horas.

Com um sistema tecnológico, a máquina utiliza energia solar e o processo de osmose reversa, que remove substancias contaminantes, incluindo vírus, bactérias e produtos químicos, tornando a água segura para consumo.

“A máquina consegue deixar a água dentro dos padr?es de potabilidade. Isso traz uma boa expectativa, especialmente ao pensar na qualidade de vida da popula??o, pois a água se torna livre de sal e de microrganismos patogênicos”, disse o gerente de Controle de Qualidade da água da Caesa, Claudinaldo Ferreira.

2 de 3 Máquina de dessaliniza??o da águas é enviada ao Arquipélago do Bailique — Foto: Marcia do Carmo/GEA

Emergência climática no Bailique

No mês de outubro, os moradores do distrito realizaram um mutir?o para cavar o leito do Canal do Livramento, na Foz do Rio Amazonas. Estavam intrafegáveis os canais responsáveis pela conex?o entre 56 comunidades no conjunto de ilhas.

O fato aconteceu devido ao processo de saliniza??o das águas - que acontece devido ao acumulado de sais minerais, que podem partir de água da chuva, água do mar ou água de irriga??o agrícola - e pelo fen?meno “Terras Caídas”, que afeta diretamente as comunidades ribeirinhas.

Outro fator que agrava a mudan?a climática na regi?o norte, s?o os fen?menos La Ni?a e El Ni?o, que causam altera??es anormais nos oceanos Pacífico e Atlantico, o que coincide com o período de estiagem e ainda as altas queimadas, resultando nas mudan?as súbitas registradas nos últimos meses no estado.

3 de 3 No Bailique, ribeirinhos cavam leito de canal que secou durante estiagem no Amapá — Foto: Reprodu??o

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