Reconhecimento facial se espalha pelo Brasil e levanta debate sobre seguran?a, privacidade e viés racial

'Eu só queria brincar o carnaval': mulher denuncia agress?o de policiais militares em Olinda

Leila Perci afirma que foi empurrada e atingida com um cassetete na cabe?a,óqueriabrincarocarnavalmulherdenunciaagress?como passar dinheiro da betfair para neteller costas e bra?os após entrar sem perceber no cord?o de isolamento.

Ela registou boletim de ocorrência na Delegacia do Varadouro e passou por um exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

Ela também conta que seu amigo, que tentou defendê-la, está machucado, mas ainda n?o registou boletim de ocorrência.

A publicitária Leila Perci denunciou ter sido agredida por policiais militares durante o desfile do bloco Homem da Meia-Noite, na madrugada do domingo (2), em Olinda. Ela afirma que foi empurrada e atingida com um cassetete na cabe?a, costas e bra?os após entrar sem perceber no cord?o de isolamento do bloco.

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Leila registou boletim de ocorrência na Delegacia do Varadouro e passou por um exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) de Santo Amaro, no Recife.

"A polícia, que deveria me proteger, me agrediu".

A publicitária conta que estava aproveitando o bloco quando, sem perceber, acabou entrando no cord?o de isolamento. Ao notar que estava dentro da área restrita, foi abordada de forma agressiva.

"Eu estava no meio do bloco, já dentro do cord?o de isolamento, e um policial veio até mim, me empurrou e foi extremamente grosso. Eu falei, 'calma, meu amigo'. Quando meu amigo tentou intervir, três policiais come?aram a bater nele com cassetetes", conta Leila.

1 de 1 Mulher denuncia ter sido agredida por policiais militares durante o bloco Homem da Meia-Noite, em Olinda — Foto: Reprodu??o / Acervo pessoal

Ela continua: "Quando vi o que estava acontecendo, fui até eles pedindo para pararem, e foi quando me agrediram. Eles me empurraram, me bateram com o cassetete na cabe?a, nas costas, nos bra?os".

Leila levou três pontos na testa. "Olhei no espelho e vi meu ombro roxo e as minhas costas com a marca de cassetete. O policial que me atendeu na delegacia até me disse que eles s?o orientados a n?o bater na cabe?a, porque é muito perigoso. Mas o que me atingiu fez isso sem hesitar", afirma.

Além das marcas físicas, Leila diz que a agress?o a deixou emocionalmente abalada. "Estava saindo de um tratamento contra a depress?o e, agora, sinto que voltei à estaca zero".

Ela também afirma que seu amigo, que tentou defendê-la, está machucado, mas ainda n?o registou boletim de ocorrência.

Apesar da violência, Leila recebeu apoio imediato dos paramédicos da Prefeitura de Olinda. "Os paramédicos me deram toda a aten??o, enfaixaram minha cabe?a e me levaram para a UPA. Hoje (4), entraram em contato comigo oferecendo suporte psicológico através da ONG Livre de Assédio", explica.

Leila cobra justi?a e afirma que o episódio vai além da sua própria dor. "O que aconteceu comigo foi uma violência gratuita. A policia deveria estar lá para nos proteger, mas agiu com brutalidade.", concluiu.

O que diz a Polícia Militar

O g1 procurou a Polícia Militar de Pernambuco, que se pronunciou em nota, afirmando que:

O efetivo empregado no carnaval é orientado a atuar dentro da legalidade, respeitando os cidad?os e garantindo a seguran?a de quem está nos polos de anima??o; . N?o há registro de denúncia formal sobre o caso; Vítimas podem formalizar a queixa junto à Corregedoria da PM, presencialmente, na Avenida Conde da Boa Vista, 428, no bairro da Boa Vista, pelo e-mail denuncia@corregedoria.sds.pe.gov.br e pelo pelo telefone (81) 3184-2772.

*Estagiário sob a supervis?o da editora Luiza Mendon?a

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