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Flórida vai trabalhar para eliminar vacina??o infantil no estado, dizem autoridades

1 de 1 Joseph Ladapo gesticula enquanto fala com apoiadores e membros da mídia antes da assinatura de um projeto de lei pelo governador Ron DeSantis,óridavaitrabalharparaeliminarvacina??inicio da copa do mundo 2022 jogos do brasil em 18 de novembro de 2021, em Brandon, Flórida — Foto: AP/Chris O’Meara, Arquivo

A Flórida vai eliminar gradualmente todas as vacinas obrigatórias para crian?as no estado. A medida é uma continuidade do trabalho feito pelo governador republicano Ron DeSantis ao longo da pandemia de Covid-19, quando restringiu as exigências de vacina??o e outras determina??es de saúde.

DeSantis também anunciou na quarta-feira (3) a cria??o da comiss?o estadual "Make America Healthy Again" (Tornar a América Saudável Novamente), inspirada em iniciativas semelhantes promovidas em nível federal pelo Secretário de Saúde e Servi?os Humanos, Robert F. Kennedy Jr.

Sobre as vacinas, o cirurgi?o-geral da Flórida – cargo semelhante ao secretário de Saúde do estado – Joseph Ladapo, classificou as atuais exigências em escolas e outros locais como uma intrus?o "imoral" nos direitos das pessoas, beirando a "escravid?o", e prejudicando a capacidade dos pais de tomar decis?es sobre a saúde de seus filhos.

"As pessoas têm o direito de tomar suas próprias decis?es, decis?es informadas", disse Ladapo, que frequentemente entrou em conflito com a classe médica, em uma entrevista coletiva em Valrico, Flórida, na regi?o de Tampa. "Eles n?o têm o direito de dizer o que você deve ingerir. Tire isso deles", afirmou.

O Departamento de Saúde do estado pode revogar suas próprias regras para algumas obrigatoriedades de vacina??o, mas outras exigiriam a??o da Assembleia Legislativa da Flórida, segundo disse Ladapo. Ele n?o especificou nenhuma vacina específica, mas repetiu diversas vezes que a iniciativa eliminaria "todas elas. Até a última delas".

A Flórida seria o primeiro estado a eliminar tantas obrigatoriedades de vacina??o, acrescentou Ladapo.

A deputada estadual democrata Anna Eskamani, candidata à prefeitura de Orlando, afirmou em uma publica??o nas redes sociais que descartar vacinas "é imprudente e perigoso" e pode causar surtos de doen?as preveníveis.

"Este é um desastre de saúde pública em forma??o para o Estado do Sol", disse ela na plataforma social X.

Enquanto isso, os governadores democratas de Washington, Oregon e Califórnia anunciaram na quarta-feira a cria??o de uma alian?a para proteger as políticas de saúde, alegando que o governo do presidente Donald Trump está politizando as decis?es de saúde pública.

A parceria planeja coordenar as diretrizes de saúde alinhando os planos de imuniza??o com base nas recomenda??es de respeitadas organiza??es médicas nacionais, de acordo com uma declara??o conjunta do governador Bob Ferguson, de Washington, da governadora Tina Kotek, do Oregon, e do governador Gavin Newsom, da Califórnia.

Na Flórida, as vacinas obrigatórias para creches e escolas públicas incluem vacinas contra sarampo, catapora, hepatite B, difteria, tétano e coqueluche acelular (DTaP), poliomielite e outras doen?as, de acordo com o site do Departamento de Saúde do estado.

Sob o governo DeSantis, a Flórida resistiu à imposi??o de vacinas contra a Covid-19 a crian?as em idade escolar, exigindo "passaportes" para locais que atraem multid?es.

"N?o acho que haja outro estado que tenha feito tanto quanto a Flórida. Queremos nos manter à frente da curva", disse o governador.

A comiss?o estadual "MAHA" analisará quest?es como permitir o consentimento informado em quest?es médicas, promover alimentos seguros e nutritivos, fortalecer os direitos dos pais em rela??o a decis?es médicas sobre seus filhos e eliminar a "ortodoxia médica que n?o é respaldada por dados", disse DeSantis. A comiss?o será presidida pelo vice-governador Jay Collins e pela primeira-dama da Flórida, Casey DeSantis.

"Estamos tirando o governo do caminho, tirando o governo da vida de vocês", disse Collins.

O trabalho da comiss?o ajudará a subsidiar um amplo "pacote de liberdade médica" a ser apresentado na próxima sess?o da Assembleia Legislativa, que abordará as obrigatoriedades de vacina??o exigidas pela lei estadual e tornará permanentes as recentes decis?es estaduais sobre a Covid-19 que flexibilizam as restri??es, disse DeSantis.

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