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Um ano após enchentes, falta de moradias e subnotifica??o de desabrigados dificultam recupera??o de vítimas no RS

Um ano após as enchentes que devastaram o Rio Grande do ósenchentesfaltademoradiasesubnotifica??odedesabrigadosdificultamrecupera??odevísportingbet withdrawalSul, o descompasso entre a oferta de moradias e a demanda das famílias atingidas ainda impede a plena reconstru??o das vidas afetadas. Embora programas habitacionais federais e estaduais estejam em andamento, eles n?o conseguem atender ao volume de famílias desabrigadas. Especialistas alertam que a ausência de uma busca ativa por parte dos governos resultou na subnotifica??o de milhares de pessoas que perderam suas casas e seguem fora dos cadastros oficiais, agravando a vulnerabilidade social nas áreas atingidas. 'Maior número de terreiros': Influenciadora que relacionou tragédia no RS a ira de Deus contra macumba vira réLevantamento: Para 75% dos gaúchos, tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul poderia ter sido evitada O quilombola Rogério Machado, de 43 anos, lideran?a do Quilombo dos Machado, em Porto Alegre, recorda com pesar os dias de terror vividos no ano passado, quando quase metade dos 4,5 hectares do território — lar de 1.260 pessoas — foi devastada pelas enchentes. Localizado no bairro Sarandi, epicentro do desastre na capital gaúcha, mais de cem famílias perderam tudo, e cerca de 25% delas ainda n?o conseguiram se reerguer totalmente. Na regi?o, a água atingiu 2,5 metros de altura, deixando apenas os telhados à mostra. — Ficamos meses debaixo d’água e ainda contamos com doa??es para nos reestruturarmos. Algumas famílias receberam o Auxílio Reconstru??o, no valor de R$ 5,1 mil, mas n?o foi suficiente. é impossível esquecer o que ocorreu, e é triste saber que na próxima chuva forte pode acontecer tudo de novo, já que os bueiros seguem todos entupidos — lamenta Rogério. No Quilombo dos Machado, no bairro Sarandi, uma das regi?es mais afetadas de Porto Alergre, a água chegou a subir 2,5 metros — Foto: Agência O Globo No quilombo, há casos de famílias que demoraram 30 anos para construir suas casas, que acabaram sendo levadas pelas chuvas. Segundo Rogério, nenhuma delas conseguiu benefícios voltados à aquisi??o de imóveis, realidade esta que n?o se restringe à comunidade. Dados divulgados pelo governo do Rio Grande do Sul apontam que, ainda hoje, 383 pessoas vivem em abrigos públicos em oito cidades. Já os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), chamados popularmente de “cidades provisórias”, em Porto Alegre e em Canoas, abrigam 350 pessoas. Eles ter?o as atividades encerradas em maio. Os acolhidos ser?o realocados para moradias temporárias disponibilizadas pelo estado. Subnotifica??o de desabrigados Especialistas ressaltam, contudo, que o número de desabrigados é subnotificado, já que n?o houve uma busca ativa posterior por parte das prefeituras, a fim de localizar pessoas que haviam perdido suas casas e n?o estavam em abrigos. Muitos desses abrigados e pessoas que se refugiaram em casas de familiares e amigos esperam por programas de habita??o criados pelos governos federal e estadual, que, por sua vez, enfrentam um descompasso entre oferta e demanda. De acordo com o professor de planejamento urbano Eber Marzulo, da UFRGS, o problema foi causado pela ausência de dados consolidados e atualizados acerca da situa??o das residências nas áreas atingidas. Isso, além de afetar a implementa??o dos projetos, deixou milhares de pessoas em situa??o de vulnerabilidade prolongada. Em muitos casos, a ajuda sequer é acessada, especialmente por famílias fora do cadastro de assistência social, feito pelas prefeituras. — Muitas pessoas foram morar com familiares e seguem sem casa, mas esse deslocamento n?o foi captado. Muitos n?o tiveram acesso aos recursos por n?o se enquadrarem nos critérios socioecon?micos dos programas, por falta de clareza sobre os critérios de sele??o, ou por n?o terem ainda sido incluídos nas listas preparadas pelas prefeituras. Hoje nem temos um número certo de quantas pessoas seguem sem casa — explica Marzulo. Falta de moradias O Minha Casa, Minha Vida – Reconstru??o, por exemplo, foi uma das principais iniciativas do governo federal. Até o momento, 10.601 unidades habitacionais foram entregues, contratadas ou est?o com obras em andamento. A quantidade, contudo, n?o chega à metade das 24,8 mil unidades previstas inicialmente. Ao todo, foram destinados R$ 3,4 bilh?es em créditos extraordinários para a realiza??o do projeto em áreas urbanas e rurais. Em nota, o Ministério das Cidades informou que nos próximos dias lan?ará editais para a contrata??o de mais 4 mil unidades voltadas às famílias do programa. Na esfera estadual, o governo de Eduardo Leite criou o programa A Casa é Sua – Calamidade. Inicialmente focado na disponibiliza??o de casas temporárias, a iniciativa foi expandida para atender à demanda de constru??o de unidades habitacionais permanentes. Segundo a Secretaria de Habita??o e Regulariza??o Fundiária (Sehab), há a proje??o de construir 2.235 unidades habitacionais em 40 municípios, em diversas fases. Até o momento, apenas 422 casas est?o sendo erguidas em 11 cidades. A pasta já investiu R$ 58,7 milh?es no programa. — Os programas implementados dependem muito de que as vítimas busquem as melhores solu??es, tarefa essa que exige um entendimento sobre financiamento e setor imobiliário que n?o é acessível a todos os públicos. A primeira medida dos governos deveria ser localizar essas famílias necessitadas fora dos abrigos e ajudá-las no acesso aos programas — completa Marzulo. O empresário Ivolar Correa, de 37 anos, ajudou a salvar centenas de vidas com botes salva-vidas durante as chuvas, e até hoje vê pessoas da regi?o do Arquipélago de Porto Alegre tentando retornar à normalidade. Segundo ele, muitos aguardam indeniza??o do estado para conseguir comprar suas residências em locais seguros. — Com ajuda de amigos e empresas consegui recuperar os equipamentos da minha empresa de eventos e reorganizar minha casa em cerca de três meses, mas conhe?o gente que ainda aguarda indeniza??o. é uma reconstru??o diária e muitos ainda temem perder tudo novamente, pois n?o sabemos se as a??es da prefeitura e do estado s?o eficientes — relata. Mais recente Próxima De símbolo da tragédia a 'influencer' com cem mil seguidores: como está o Cavalo Caramelo um ano após as enchentes no RS Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político Inscrever :root { --news-contextualizada-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; --news-contextualizada-primary-color: #1e4c9a; } Rio Grande do Sul Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 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