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Nestlé anuncia novo CEO após demitir executivo por manter relacionamento com subordinada

Laurent Freixe,éanuncianovoCEOapóresultado da quina concurso 5869 ent?o CEO da Nestlé, foi demitido após uma investiga??o interna revelar que ele mantinha um relacionamento amoroso com uma funcionária que estava sob sua supervis?o direta.

A conduta viola o Código de Conduta da empresa, que proíbe relacionamentos hierárquicos para evitar conflitos de interesse.

Philipp Navratil, executivo com mais de 20 anos de experiência na Nestlé, assume o cargo.

A substitui??o do CEO n?o deve mudar os rumos da empresa. O objetivo é manter o plano de crescimento em andamento e continuar priorizando eficiência.

No Brasil, a Consolida??o das Leis do Trabalho (CLT) n?o proíbe relacionamentos afetivos entre colegas de trabalho.

1 de 1 Laurent Freixe (à esq.) foi demitido por manter um relacionamento secreto com uma funcionária; Philipp Navratil (dir.) assume — Foto: Nestlé/ Divulga??o

A Nestlé informou nesta segunda-feira (1o) que Laurent Freixe, ent?o CEO da empresa, foi demitido após uma investiga??o interna revelar que ele mantinha um relacionamento amoroso com uma funcionária que estava sob sua supervis?o direta. Philipp Navratil, executivo com mais de 20 anos de experiência na Nestlé, assume o cargo.

Segundo comunicado da Nestlé, a conduta viola o Código de Conduta da empresa, que proíbe relacionamentos hierárquicos para evitar conflitos de interesse.

?? No Brasil, a legisla??o n?o proíbe relacionamentos no ambiente de trabalho, mas a empresa pode adotar regras internas para evitar que casais prejudiquem a hierarquia ou a produtividade. (veja abaixo o que diz a lei)

A investiga??o foi conduzida pelo presidente do conselho da Nestlé, Paul Bulcke, e pelo diretor independente Pablo Isla, com o apoio de advogados externos. Segundo Bulcke, a decis?o foi difícil, mas necessária.

“Os valores e a governan?a da Nestlé s?o fundamentos sólidos da nossa companhia. Agrade?o a Laurent por seus anos de servi?o”, disse o presidente.

Novo CEO

O novo CEO da multinacional é Philipp Navratil. Ele ingressou na empresa em 2001 como auditor interno e, desde ent?o, ocupou diversos cargos de lideran?a em diferentes países.

Navratil liderou opera??es em Honduras e México, coordenou a estratégia global das marcas Nescafé e Starbucks e, mais recentemente, esteve à frente da Nespresso, acelerando o crescimento da empresa.

Em janeiro de 2025, Navratil integrou o conselho executivo da Nestlé e agora assume o cargo de CEO.

De acordo com o conselho, a substitui??o do CEO n?o deve mudar os rumos da empresa. O objetivo é manter o plano de crescimento em andamento e continuar priorizando eficiência.

“Philipp é reconhecido por conseguir entregar resultados mesmo em ambientes desafiadores. Estamos confiantes de que ele vai impulsionar nossos planos de crescimento sem perder o ritmo”, disse Bulcke.

Em seu primeiro pronunciamento como CEO, Navratil disse estar “honrado” com a confian?a recebida e prometeu dar continuidade ao trabalho da empresa.

“é um privilégio assumir a responsabilidade de liderar a Nestlé rumo ao futuro. Estou ansioso para trabalhar em alinhamento com o conselho e intensificar a cria??o de valor”, afirmou.

Como ficam os relacionamentos entre colegas?

No Brasil, a Consolida??o das Leis do Trabalho (CLT) n?o proíbe relacionamentos afetivos entre colegas de trabalho.

A intimidade e a vida privada s?o direitos garantidos a todos os brasileiros, e restringir um namoro pode ser considerado abusivo, contrariando os princípios da dignidade humana e da prote??o à vida pessoal previstos na Constitui??o Federal de 1988.

"Proibir que as pessoas se apaixonem é inconstitucional e fere os direitos fundamentais da personalidade. Mas é possível estabelecer regras sobre o comportamento dos funcionários em decorrência do namoro, para n?o prejudicar a produtividade", afirma a advogada Cristina Pena.

"Como precau??o, o código de ética pode estabelecer normas para evitar situa??es que prejudiquem a imagem institucional", acrescenta a advogada.

Nesse contexto, as regras podem proibir que funcionários em relacionamento amoroso atuem no mesmo setor ou mantenham rela??es hierárquicas diretas. Também pode ser exigido que o casal evite demonstra??es de intimidade no ambiente de trabalho.

O advogado Ronaldo Ferreira Tolentino, porém, alerta que regulamentar comportamentos fora do ambiente de trabalho pode ser visto como invas?o de privacidade, mesmo quando envolve dois funcionários da mesma empresa.

“Regulamentar fora do ambiente empresarial, ainda que seja entre dois funcionários da empresa, é a companhia se metendo na intimidade dos empregados”, afirma.