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Bolsonaro est\u00e1 sendo enterrado vivo', diz coronel Mello Ara\u00fajo depois de visita ao ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na ter?a (26) a visita do requiem jogovice-prefeito de S?o Paulo, o coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo (PL).Amigos de longa data, os dois ficaram juntos, sozinhos, por quatro horas, das 14h às 18h.Militar da rota, o coronel diz que encontrou um amigo triste e "indignado com tudo o que est?o fazendo com ele". Que oscila entre gargalhadas por lembran?as do passado e lágrimas nos olhos por causa das "muitas injusti?as" do presente. Que está sem apetite e já emagreceu 3 kg desde que foi colocado em pris?o domiciliar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o vice-prefeito de S?o Paulo, Ricardo Mello Araújo, em mar?o deste ano - Amanda Perobelli -24.mar.25/Reuters "Forcei a barra para ele fazer exercícios físicos, mas ontem n?o deu", diz Mello Araújo. Apesar do desanimo, o ex-presidente acompanha tudo o que está acontecendo do lado de fora de sua casa, onde está recolhido em pris?o domiciliar e sem acesso ao telefone celular. "Os filhos est?o indo lá e informando ele, a Michelle também, a família toda", diz o coronel.Desde a semana passada, líderes do Centr?o têm tratado a condena??o do ex-presidente como fato consumado e deixado claro que o nome com mais apoio para substituí-lo na campanha presidencial de 2026 é Tarcísio de Freitas (Republicanos).O próprio governador de S?o Paulo tem se reunido com empresários, banqueiros e dirigentes partidários em encontros em que é tratado como candidato a presidente da República. Outros governadores também tentam viabilizar seus nomes, como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (Uni?o Brasil), de Goiás."Est?o enterrando o Bolsonaro vivo", diz Mello Araújo. "é como se um pai estivesse a UTI e os filhos estivessem disputando o espólio antes de ele morrer. E aqui eu n?o estou falando dos filhos do ex-presidente, n?o. Estou falando dos filhos políticos dele, dos herdeiros políticos do Bolsonaro", segue o vice.A coluna questiona se ele se refere a governadores como Tarcísio, Zema e Caiado e a outros políticos que os apoiam. "é isso", diz Mello Araújo."Só querem o espólio dele, só querem os 30% dos votos dele. Povo sem-vergonha!", segue o militar. Ele afirma ainda que Bolsonaro n?o sinalizou apoio a nenhum nome. "Só depois do julgamento [no Supremo Tribunal Federal] ele vai decidir o que fazer."O vice-prefeito afirma que o momento agora seria o de todos os políticos de direita se unirem em torno da defesa de Bolsonaro e da denúncia de que ele sofre uma persegui??o. "Qual é o tema principal nesse momento? é a elei??o, que vai ser só em 2026, ou é o julgamento do Bolsonaro, que come?a na semana que vem? é óbvio que é o julgamento", diz."Amizade, lealdade, n?o existe nada disso. Só existe uma disputa pelo poder."